Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na última quarta-feira (22/10) que seu país possui 5 mil mísseis antiaéreos portáteis de fabricação russa para enfrentar a ameaça militar dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante um ato transmitido pela televisão estatal, no qual o líder bolivariano apareceu ao lado de integrantes do alto comando militar. 

O pronunciamento ocorreu após o governo de Donald Trump enviar navios de guerra, aeronaves, um submarino e centenas de militares ao Mar do Caribe. Sob o argumento do combate ao “narcoterrorismo”, desde o início de setembro, Washington autorizou uma operação militar em larga escala na região. Já em meados de outubro, o republicano deu aval às operações clandestinas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) contra a Venezuela.

Até o momento, as forças armadas norte-americanas realizaram sete ataques letais contra embarcações perto da Venezuela, causando dezenas de mortes, e sendo elas condenadas pelos países como uma violação ao direito internacional. 

Maduro, por sua vez, considera a operação dos EUA uma forma de “ameaça e assédio”, com o objetivo de derrubar seu governo, e já ordenou os testes dos equipamentos.

“Qualquer força militar do mundo conhece o poder dos Igla-S. A Venezuela tem nada menos que 5 mil Igla-S em postos-chave da defesa antiaérea para garantir a paz”, destacou o líder venezuelano. O Igla-S é um míssil portátil, concebido para abater aviões a baixa altitude. Já foi utilizado em exercícios militares determinados por Maduro em resposta ao destacamento norte-americano para a região do Caribe.

Enquanto isso, o Exército dos EUA destruiu outra embarcação sob acusação de tráfico de drogas no Oceano Pacífico, matando três pessoas, informou o secretário de Defesa, Pete Hegseth. O ataque ocorreu cerca de oito horas após outra embarcação ter sido alvejada pelas forças norte-americanas, resultando na morte de mais duas pessoas. 

Segundo o representante do Pentágono, nenhum militar ou agente norte-americano ficou ferido. O barco atacado já era monitorado pela inteligência dos EUA e estaria supostamente transportando entorpecentes por uma rota internacional de tráfico conhecida.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que seu país possui 5 mil mísseis antiaéreos portáteis de fabricação russa para enfrentar a ameaça militar dos Estados Unidos
RS /via Fotos Publicas

Antes da declaração de Maduro, o Conselho da Federação Russa havia aprovado a ratificação de um acordo de parceria estratégica com a Venezuela para expandir a interação entre as duas nações, mencionando uma infraestrutura financeira para facilitar o comércio independente dos sistemas ocidentais, a contemplação de investimentos conjuntos em setores como petróleo, gás e mineração. Além disso, fortalecer a cooperação em segurança global, incluindo a luta contra o terrorismo, o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro e, no âmbito econômico e global, o apoio à aspiração da Venezuela de ingressar no BRICS.

Durante a reunião para a assinatura, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, declarou apoio a Caracas, reafirmando “a solidariedade com o governo e o povo da Venezuela diante das crescentes ameaças externas e tentativas de interferência em assuntos internos”, além de expressar o “total apoio aos esforços de Caracas para defender a soberania nacional”.

(*) Com Ansa