Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em meio a ameaças dos Estados Unidos, que mantêm uma mobilização militar no Caribe sob o pretexto de combater o narcotráfico, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que Caracas responderá a um eventual ataque de Washington. Ele enfatizou que o governo seguirá trabalhando, apesar da pressão e das ameaças externas.

“Se os gringos ameaçam, trabalhamos mais; se os gringos atacam, respondemos; mas nada impede o trabalho; trabalho pela pátria, trabalho pela saúde do povo, pela educação, pela vida do povo”, declarou ele nesta quinta-feira (09/10), durante a inauguração do Hospital Infantil Dr. Julio Criollo Rivas, em Caracas.

Simultaneamente, Maduro rejeitou tentativas de interferência internacional, ressaltando que um presidente é eleito para governar seu país. “Governamos a partir do povo, com o povo e pelo povo. Nosso principal interesse não é tentar dominar o mundo”, acrescentou.

Exercícios militares nos portos de La Guaira e Carabobo

O líder venezuelano conduziu novos exercícios militares nos portos estratégicos de La Guaira e Carabobo, no norte do país, na quarta-feira (08/10). A ação integra o plano de fortalecimento da soberania nacional em resposta às ameaças dos Estados Unidos na região do Caribe.

De acordo com o mandatário, a iniciativa inclui “a ativação abrangente de todos os planos de defesa, resistência e ofensiva permanente” e representa uma nova forma de acionamento dos Órgãos de Administração e Zonas de Defesa Integral (ZODI). Participam das atividades as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, a Milícia Nacional e forças sociais e populares.

O exercício foi supervisionado pelo vice-presidente venezuelano, Diosdado Cabello. Segundo a autoridade, a manobra civil-militar visa aprimorar a capacidade de resposta do país diante da tensão gerada pelos norte-americanos.

“Este exercício de mobilização está sendo convocado para a defesa integral da nação”, afirmou Cabello a partir de La Guaira.