Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, agradeceu ao Papa Leão XIV na terça-feira (04/11) pelo seu apelo ao diálogo entre Caracas e Washington, após o destacamento militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe, próximo à costa do país sul-americano.

“Quero agradecer os três pronunciamentos feitos hoje, incluindo o pronunciamento do Papa Leão XIII, Vigário de Cristo e chefe da Igreja Católica, que pediu diálogo entre os EUA e a Venezuela para encontrar soluções e defender e preservar a paz. Obrigado, Papa Leão XIV“, disse o presidente venezuelano durante um congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), partido governista.

O chefe de Estado venezuelano descreveu a declaração de Leão XIV como “muito enérgica” e lembrou a carta que lhe enviou há um mês, pedindo seu “apoio especial” para “consolidar a paz” no país, diante do que Caracas denunciou como uma “ameaça militar” dos Estados Unidos contra a soberania e a integridade territorial da Venezuela.

A carta foi entregue pelo embaixador no Vaticano, Franklin Zeltzer, ao Secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, a quem Maduro também agradeceu e chamou de seu “grande amigo”.

Anteriormente, o presidente venezuelano agradeceu ao seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, por defender a paz na região.

O chefe de Estado venezuelano descreveu a declaração de Leão XIV como 'muito enfática'. Foto: Gabinete de Imprensa da Presidência

O chefe de Estado venezuelano descreveu a declaração de Leão XIV como ‘muito enfática’
Foto: Gabinete de Imprensa da Presidência

“Agradeço ao presidente Lula da Silva por ter feito uma declaração contundente sobre a paz na América do Sul, na América Latina e sobre o poder que a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) deveria ter”, comentou o líder venezuelano.

Lula da Silva afirmou que a cúpula da CELAC, que será realizada nos dias 9 e 10 deste mês na Colômbia, “não faz sentido” se não abordar os ataques dos EUA que ameaçam a paz e a estabilidade regional.

O governo venezuelano denunciou a presença militar dos EUA no Mar do Caribe, que Washington justifica como parte de sua luta contra o narcotráfico, como um plano para provocar uma “mudança de regime” e impor uma autoridade “fantoche” com a qual os EUA possam “se apoderar” de recursos naturais como o petróleo.

Washington está realizando uma campanha militar na região do Caribe, alegando que está combatendo o narcotráfico, e desde agosto mobilizou três navios com 4.000 soldados em águas próximas à Venezuela.

Em resposta ao destacamento militar dos EUA, o governo de Nicolás Maduro mobilizou milicianos e reforçou suas fronteiras para enfrentar qualquer tentativa dos EUA de entrar em seu território .