Segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
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A crescente tensão entre os apoiadores do presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, e do ex-presidente Marc Ravalomanana, deposto no último dia 17 após meses de pressão de opositores, fez com que Rajoelina aceitasse a idéia de negociar com os partidários do antecessor uma saída para a crise.

O governo anunciou a realização de um fórum político nacional em 2 e 3 de abril na capital Antanarivo, após uma reunião realizada ontem (25) entre Rajoelina e o enviado especial da União Africana a Madagascar, Ablasse Ouedraogo.

A UA condenou Rajoelina após a deposição de Ravalomanana e anunciou que irá impor sanções ao país se não se chegar a um consenso ou se ocorrerem eleições antes de seis meses no país.

Rajoelina, que tomou posse no sábado (20), suspendeu o Parlamento e anunciou que governará com poderes especiais durante dois anos antes de realizar eleições.

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Embates

O temor de uma guerra civil cresce no país. Após a posse de Rajoelina, intensos embates entre os apoiadores dos dois políticos acontecem todos os dias na capital Antanarivo, como conta o repórter fotográfico Jahaziela Ramanitra. “Os manifestantes atiram pedras e objetos uns contra os outros e a polícia tem dificuldade em detê-los. Usam bombas de gás lacrimogêneo e muitas pessoas saem feridas”. O número de feridos não foi divulgado.


Imagem de ontem (25) retirada do flickr de Ramanitra


“Aqueles que desejam a volta de Ravalomanana não aceitarão Rajoelina tão facilmente. Ele não é tão popular como pensa”, afirma Ramanitra.

Em sua primeira manifestação após a saída do governo, Marc Ravalomanana afirmou que o país caminhava para um futuro de progresso. “Madagascar estava no caminho do desenvolvimento e agora eles estão destruindo o país com esse golpe”.

O ex-presidente está atualmente na Suazilândia, participando de uma comissão da UA que avalia a situação em Madagascar.

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