Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta segunda-feira (20/10) seu compromisso de concluir, ainda neste ano, a assinatura do tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. De acordo com o mandatário, o calendário da diplomacia brasileira “ainda contará com mais um evento de destaque, a Cúpula do Mercosul”, marcada para o mês de dezembro.

“Nessa ocasião, pretendo cumprir mais uma promessa, que é a assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, que já espera por mais de 20 anos”, disse o petista durante uma cerimônia de entrega das Cartas Credenciais de 28 novos embaixadores no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento formaliza o início da atuação dos novos diplomatas estrangeiros no país.

“As relações com a Europa seguem estratégicas. O acordo é um símbolo contra o recrudescimento do protecionismo”, acrescentou.

O texto já foi enviado pela Comissão Europeia aos Estados-membros, acompanhado de um esquema para proteger agricultores do bloco contra flutuações excessivas dos preços, em uma tentativa de Bruxelas de vencer a resistência de países como a França.

Presidente Lula durante cerimônia de entrega de Cartas Credenciais aos novos embaixadores no Palácio Itamaraty
RIcardo Stuckert/PR

O chefe de Estado brasileiro seguiu comentando as próximas conferências internacionais, e destacou a expectativa para a COP30, a ser feita em Belém do Pará, em novembro. O petista voltou a apelar às nações mais poluentes para que cumpram compromissos financeiros firmados nas últimas cúpulas e reforçou a intenção de remunerar países que preservam suas florestas via Fundo de Florestas Tropicais para Sempre.

“Muitos países ainda precisam apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). É preciso um compromisso real de financiamento por parte das nações que mais poluíram ao longo dos últimos 200 anos”, declarou Lula.

Segundo o presidente brasileiro, a COP30 “será um momento de os líderes mundiais provarem a seriedade de seu compromisso com o planeta”.

“A noção de justiça climática também será crucial. Isso implica apostar em ações comprometidas com o combate à fome e às desigualdades socioambientais”, concluiu.

(*) Com Ansa