Lula afirma que empréstimos do FMI são 'corda para se enforcar' e defende 'inovação' para comércio sem dólar
Presidente brasileiro sugeriu que banco do Brics 'seja mais forte' que fundo monetário diante das grandes dívidas que promove aos países africanos
“O Fundo Monetário Internacional (FMI) não empresta dinheiro para salvar, mas sim uma corda para se enforcar”, declarou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante um evento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics nesta quinta-feira (07/12).
As críticas do presidente ao FMI decorrem das políticas da organização sobre as dívidas de países africanos. Nesta linha, Lula ressaltou que o banco do Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), chefiado pela ex-mandatária do Brasil, Dilma Rousseff, “precisa ser mais forte” que o fundo monetário.
Rousseff também estava presente no evento do NBD, em que Lula fez tais declarações e também propôs impulsionar o comércio internacional sem a hegemonia do dólar.
“Nós vamos ter de apreender a negociar sem precisar do dólar como moeda padrão. Por que eu preciso negociar com qualquer outro país precisando de dólar? O que precisamos é tentar inovar”, afirmou o líder brasileiro.
Também nesta quinta-feira (07/12), Lula será o anfitrião da cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro.
(*) Com Ansa
Ricardo Stuckert / Presidência da República
Lula e Dilma
Leia Também
-
‘Justiça decidiu, está decidido’, diz Lula sobre prisão de Bolsonaro
-
Brasil, Índia e África do sul devem ser protagonistas em temas globais, diz Lula
-
Venezuela realiza consulta popular para projetos em comunas
-
Após reunião com Lula, Merz se retrata por ofensa a Belém
-
Bolsonaro passa por audiência de custódia em Brasília
-
No G20, Lula pede que desigualdade seja considerada ‘emergência global’