Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em evento realizado no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (28/07), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou o suposto interesse dos Estados Unidos nas terras raras brasileiras, e em usar o tarifaço aos produtos brasileiros como forma de pressionar por um acordo para a entrega dos minerais críticos presentes nessas reservas.

A declaração do mandatário teve como base artigos publicados na imprensa norte-americana afirmando que Washington cogita apresentar uma proposta na qual o país aceitaria diminuir a taxação de 50% aos produtos brasileiros que entram no mercado norte-americano caso Brasília aceite entregar a exploração de suas terras raras às empresas dos Estados Unidos sem cobrança de royalties.

“O que tem ali (nas terras raras) é nosso, é de uma pessoa chamada ‘povo brasileiro’, e o povo brasileiro tem que ter direito de usufruir dessa riqueza”, disse Lula em seu discurso, em evento para inauguração de uma usina termelétrica na cidade fluminense de São João da Barra.

O presidente admitiu que, segundo os dados do governo, “apenas 30% do potencial mineral do Brasil já foi monitorado”, e prometeu criar uma comissão “ultraespecial” para ficará encarregada de liderar um levantamento mais abrangente sobre as riquezas minerais brasileiras e as formas como o país pode aproveitar essas reservas.

Lula deu declaração sobre terras raras durante inauguração de usina no Rio de Janeiro
Ricardo Stuckert / Presidência da República

Eduardo trabalha contra acordo nos EUA

Em paralelo às declarações do presidente Lula, o deputado federal afastado Eduardo Bolsonaro admitiu em entrevista que trabalha para sabotar a comissão de senadores que viajou aos Estados Unidos para buscar um acordo sobre as tarifas impostas pelo governo norte-americano contra os produtos brasileiros.

Durante participação no programa SBT News, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que os senadores brasileiros “com certeza não (vão encontrar diálogo), e eu trabalho para que eles não encontrem diálogo” com as autoridades norte-americanas.

“Eu sei o que é certo. Não é dar 17 anos de cadeia para velhinhas. Nós estamos em guerra. E é tudo ou nada”, disse o deputado afastado, para justificar sua atuação.

O filho de Jair Bolsonaro também defendeu o presidente estadunidense Donald Trump, dizendo que ele “não está atacando a soberania do Brasil, ele está defendendo a soberania dos Estados Unidos”.