Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em meio à onda de violência no Haiti, o líder das gangues do país caribenho, Jimmy “Barbecue” Cherizier, se prontificou nesta segunda-feira (24/06) a iniciar um diálogo com o governo após o Quênia anunciar o envio de um contingente de agentes especiais para conter a crise.

Segundo o portal de notícias The Kenyans, Barbecue teria recuado depois que ameaçou iniciar uma guerra no Haiti em caso de envio das forças africanas ao país.

“Ele sublinha que a sua organização está disposta a permanecer confinada suspendendo as patrulhas de rua, além de dar ao povo a liberdade de retomar uma vida normal e trazer paz ao país após anos de guerra interna”, relatou o portal, sendo este um recado que o líder das gangues teria encaminhado ao governo, por meio de carta.

Mais cedo, fontes do governo e da polícia de Porto Príncipe anunciaram o envio de um contingente militar de pelo menos mil policiais quenianos ao Haiti nesta terça-feira (25/06) no âmbito de uma missão apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para enfrentar a violência das gangues.

O presidente queniano, William Ruto, demonstrou entusiasmo pela missão e anunciou que o trabalho das tropas terá início prontamente, com equipes avançadas que já estão no país latino-americano.

“O Quênia acredita firmemente nos valores globais partilhados do multilateralismo, tal como consagrados na Carta das Nações Unidas. Salvaguardaremos princípios partilhados de humanidade que nos permitam promover a paz, a segurança e a estabilidade”, escreveu o mandatário nas redes sociais.

Twitter/Kiu tv
O líder de gangues no Haiti, Jimmy Cherizier, em entrevista à imprensa local

A Força Multinacional de Assistência à Segurança (MMSS), liderada por Nairóbi, pretende levar em um primeiro momento ao menos 2,5 mil homens de várias nações ao Haiti.

Autorizada pela ONU, a missão tem como objetivo ajudar a polícia haitiana a proteger as principais infraestruturas do país e a lutar contra os grupos que detém o controle de boa parte da região da capital.

De acordo com a organização internacional, entre janeiro e março, mais de 2,5 mil pessoas foram mortas ou feridas em razão da violência, enquanto ao menos 95 mil fugiram de Porto Príncipe.

(*) Com Ansa