Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que está no poder desde 1994, diz que pretende tentar a reeleição presidencial em 2025, informou neste domingo (25/02) a agência de notícias estatal do país, BeITA.

“Diga a eles que eu vou concorrer”, afirmou Lukashenko a jornalistas em uma seção eleitoral após votar nas eleições parlamentares e municipais do país. “Nenhum presidente responsável abandonaria seu povo que o seguiu na batalha”, acrescentou. O chefe de Estado, de 69 anos, governa Belarus há quase 30 anos.

As eleições parlamentares e locais – que começaram na terça-feira (20/02) e terminam neste domingo (25/02) – são a primeira votação a nível nacional desde as eleições presidenciais de 2020 que deu a Lukashenko seu sexto mandato.

Lukashenko alertou ainda que o país de 9,5 milhões de habitantes “aprendeu a lição” desde os protestos de 2020 e que “não haverá rebeliões” durante as eleições deste domingo.

O aliado mais próximo de Belarus é a Rússia e o país vizinho é considerado estratégico para guerra contra a Ucrânia. Além disso, a Rússia também declarou que pretende instalar armas nucleares em Belarus.

Eleições legislativas em Belarus tiveram urnas abertas neste domingo às 8h (hora local), para os eleitores elegerem 110 membros do Parlamento nacional e cerca de 12 mil representantes de assembleias locais

МИД России/Flickr

Líder de Belarus divulga intenção de concorrer à reeleição durante dia de votação parlamentar no país

A líder da oposição, Svetlana Tsikhanouskaya, que está exilada na Lituânia depois de desafiar Lukashenko nas eleições de 2020, instou os eleitores a boicotarem a votação.

“Não há pessoas nas urnas que ofereçam mudanças reais porque o regime só permitiu a participação de fantoches convenientes para ele”, disse Tsikhanouskaya em um comunicado em vídeo.

“Sejamos claros: a tentativa do regime de usar estas eleições falsas para legitimar o seu poder não terá sucesso. O povo da Bielorrússia vê através desta farsa”, disse ela, instando a comunidade internacional a não reconhecer o resultado da votação.

A maioria dos candidatos pertence a quatro partidos que foram autorizados a concorrer: Belaya Rus, o Partido Comunista, o Partido Liberal Democrata e o Partido do Trabalho e da Justiça.

Autoridades eleitorais disseram em comunicado que mais de 40% dos eleitores do país votaram de terça a sábado. A participação foi de 43,64% às 9h deste domingo, uma hora após a abertura formal das urnas, de acordo com a comissão eleitoral central da Bielorrússia.

Na terça-feira (20/02), Lukashenko alegou, que os países ocidentais estavam planejando um golpe no país ou tentar tomar o poder pela força. Então, ordenou que a polícia reforçasse a segurança em toda a Bielorrússia, declarando que este era “o elemento mais importante para garantir a lei e a ordem”.

Após a votação, espera-se que a Bielorrússia forme um novo órgão estatal – a Assembleia Popular da Bielorrússia, com 1.200 cadeiras, que incluirá altos funcionários, parlamentares locais, membros de sindicatos e ativistas pró-governo.