Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Associação Nacional de Jornalistas do Peru (ANP) informou no domingo (28/09) que policiais atacaram jornalistas e fotógrafos que cobriam a repressão a milhares de manifestantes que protestavam contra a presidente Dina Boluarte em frente à sede do Congresso peruano.

A hostilidade da Polícia Nacional Peruana (PNP) em relação aos jornalistas ficou evidente quando um repórter da emissora de televisão Canal N foi assediado e forçado a sair pelos policiais.

Enquanto tentavam expulsá-lo, o jornalista Víctor Castillo exigiu a identificação do chefe do grupo policial, que se identificou como “Major Arteta”, e ordenou que ele deixasse o local.

Em outro local próximo, vários repórteres e fotógrafos que cobriam os incidentes em frente à sede do Congresso também foram forçados a recuar, junto com os manifestantes, por policiais que dispararam uma grande quantidade de gás lacrimogêneo e usaram golpes de cassetete.

Os jornalistas chegaram a uma ponte próxima sobre o rio Rímac, de onde as forças policiais os impediram de retornar ao local do protesto para relatar a repressão.

Repressão policial deixa pelo menos três feridos

A repressão policial aos protestos antigovernamentais na capital peruana deixou pelo menos dois jovens feridos , um deles no braço, segundo a mídia peruana.

A mídia local informou que a repressão ocorreu quando um grupo de manifestantes tentou romper as barreiras de segurança instaladas pela polícia para impedir o acesso à área do Parlamento.

Um policial ficou ferido na perna ao tentar impedir a mobilização de milhares de manifestantes no centro histórico da capital peruana.

Protestos e mobilizações contra Dina Boluarte

Os protestos de domingo (28) reuniram centenas de pessoas na praça San Martín da capital, de onde marcharam até a sede do Congresso em rejeição ao governo da presidente Dina Boluarte, bem como contra o sistema previdenciário, a corrupção, o crime organizado e a violência que se desencadeou no país.

No quarto dia de protestos no centro histórico de Lima, vários grupos, a maioria estudantes universitários, se reuniram às 17h na Praça San Martín.

Os sindicatos de transportes se uniram aos estudantes e outras organizações civis para exigir que o Congresso e o Poder Executivo forneçam soluções eficazes para o problema das gangues extorsivas que os afetam.

Entre as reivindicações dos manifestantes estão a eliminação das Administradoras de Fundos de Pensão (AFPs) e o fechamento do Congresso. Eles também questionam a lei de anistia, que beneficia militares e policiais envolvidos em crimes cometidos entre 1980 e 2000.