Jogador palestino preso em Israel completa 85 dias em greve de fome
Segundo ONG e familiares, Israel não informou as causas da prisão nem exibiu provas contra o jogador
A associação de defesa de presos palestinos, Adamir, anunciou que teme pela vida do jogador da seleção nacional Mahmoud al Sarsak, que foi detido há três anos quando saía de Gaza para jogar na Cisjordânia, e que cumpre nesta segunda-feira 85 dias de greve de fome.
“Sarsak pode morrer a qualquer momento. Ele corre grave risco de sofrer um ataque do coração ou um colapso dos órgãos internos. Está num estado de saúde muito deteriorado e perdeu cerca de trinta quilos”, disse à Agência Efe Sahar Francis, diretora da ONG Adamir. “Enquanto os olhos do mundo estão na Eurocopa, o jogador de futebol palestino segue esquecido”, denunciou.
Sarsak, de 25 anos, foi levado neste domingo à noite para um hospital, mas nesta manhã foi transferido para o centro médico da prisão de Ramle, segundo Sahar.
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A porta-voz do serviço israelense de prisões, Sivan Weizman, afirmou à Efe que o preso “abandonou ontem à noite sua greve de fome” e confirmou que outros dois reclusos palestinos continuam sem se alimentar. No entanto, segundo a Adamir e o irmão do preso, nem eles nem seus advogados receberam a informação de que o jogador não está mais em greve de fome.
Médicos da ONG israelense “Médicos pelos Direitos Humanos”, que visitaram Sarsak na semana passada disseram que o jogador perdeu 33% de seu peso corporal, sofre uma perda extrema de tecido muscular, está com a pressão muito baixa, perde continuamente a consciência e padece de lapsos de memória.
“É muito provável que não possa voltar a jogar futebol de maneira profissional”, afirmou Sarhar.























