Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un e vice-diretora do Partido dos Trabalhadores da nação asiática, Kim Yo Jong, rejeitou nesta segunda-feira (28/07), por meio de comunicado, a possibilidade de “reconciliar ou cooperar” com a Coreia do Sul, diante das recentes medidas tomadas pelo presidente Lee Jae Myung na tentativa de restabelecer as relações – estas que, por sua vez, foram deterioradas pela gestão anterior de Yoon Suk Yeol, de extrema direita.

Para Yo Jong, a suspensão de atividades que escalam as tensões intercoreanas, como transmissões em alto-falantes ao longo da linha fronteiriça e distribuição de panfletos com propagandas pró-capitalistas, não “merecem avaliação” por parte de Pyongyang, uma vez que tais ações provocativas são “problemas que a Coreia do Sul trouxe para si mesma” e “estão apenas revertendo o que não deveriam ter feito há muito tempo”.

“Se a Coreia do Sul, que unilateralmente declarou nosso país como o principal inimigo e incentivou um clima de confronto extremo no passado, esperasse que agora pudesse reverter todos os resultados que trouxe para si com algumas palavras sentimentais, não haveria erro de cálculo maior do que esse”, declarou a conselheira norte-coreana.

Kim Yo Jong é Irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un e vice-diretora do Partido dos Trabalhadores do país asiático
Reprodução/Rodong Sinmun

De acordo com ela, para a Coreia do Norte, independe que o país seja administrado por um governo “democrático” ou “conservador”, já que é historicamente apoiado pelos Estados Unidos.

“Nos apenas cerca de 50 dias do governo de Lee Jae Myung, ele falou sobre aliviar as tensões na Península Coreana e melhorar as relações entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Entretanto, sua fé cega na aliança Coreia do Sul-EUA e suas tentativas de confronto conosco não diferem das de seus antecessores”, afirmou Yo Jong, que mencionou a continuidade dos exercícios militares que Seul e Washington realizam em conjunto e o fato de responsabilizar Pyongyang por eventuais agravamentos da situação na península.

“Não importa o quanto o governo de Lee Jae Myung finja ser um compatriota e faça alarde como se estivesse fazendo todo tipo de coisa justa para atrair nossa atenção e receber atenção internacional. Não haverá mudança na percepção do nosso país sobre a Coreia do Sul”, enfatizou. “As relações Coreia do Norte-Coreia do Sul já ultrapassaram completa e irreversivelmente o marco temporal do conceito de compatriotas”.