Irã condena sanções ‘criminosas’ de Trump contra Cuba
Teerã destacou que 'medidas coercitivas unilaterais' dos EUA violam direito internacional, mas 'nunca afetarão' resistência do povo cubano e de seus líderes
O governo do Irã condenou “inequivocamente” o novo pacote de sanções econômicas e comerciais que os Estados Unidos impuseram contra Cuba neste final de semana, classificando a medida articulada pela gestão de Donald Trump como “criminosa” e “desumana”.
“Mais uma vez, o vício dos EUA em coerção e intimidação atacou uma nação soberana determinada a exercer seu direito à autodeterminação e preservar sua independência e dignidade”, declarou neste domingo (13/07) Esmaeil Baghaei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, acrescentando que a ilha já enfrenta uma crise causada pela aplicação sistemática de sanções.
O diplomata iraniano também destacou que as medidas norte-americanas configuram uma violação dos princípios fundamentais do direito internacional, assim como dos direitos humanos do povo cubano, ao reforçar sua posição contrária contra as sucessivas ilegalidades aplicadas por Washington contra nações soberanas, incluindo ao próprio Irã.
“Tais medidas coercitivas unilaterais e injustas nunca afetarão a determinação do povo cubano, nem de seus líderes de resistir aos caprichos autoritários dos Estados Unidos”, concluiu, reforçando

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei
Tasnim News Agency
As sanções unilaterais foram anunciadas no sábado (12/07). Segundo comunicado do próprio Departamento de Estado dos EUA, as medidas consistem na imposição de restrições de visto ao presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel; ao ministro da Defesa, Álvaro López Miera; ao ministro do Interior, Lázaro Alberto Álvarez Casas; e a seus familiares diretos.
Sem provas, a justificativa oficial dada pela Casa Branca é que os três estariam envolvidos em “graves violações dos direitos humanos”. Como parte do mesmo pacote de sanções, os EUA ampliaram as restrições de visto a funcionários do sistema judiciário e prisional cubano, apontados por suposta participação em detenções arbitrárias de manifestantes.
Além disso, foram adicionadas 11 novas hospedagens à lista de “propriedades restritas” — hotéis ou estabelecimentos nos quais cidadãos norte-americanos estão proibidos de se hospedar. Entre eles está o recém-inaugurado hotel Torre K, de 42 andares, em Havana, considerado um dos projetos turísticos mais ambiciosos de Cuba.
(*) Com Brasil de Fato, Tasnim e Telesur























