Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales (2006-2019), que foi impedido pelo Tribunal Constitucional do país de disputar a eleição deste domingo (17/08) por já ter governado o país por dois mandatos, reiterou o voto nulo no pleito.

“O voto nulo expressa nossa rejeição a eleições fraudadas“, declarou o líder progressista após exercer o seu direito de voto.

Segundo Morales “neste dia de eleição”, os bolivianos foram às urnas “mas não puderam escolher livremente”. “Hoje votamos mas não escolhemos”, acrescentou.

“Perdedores contumazes como Tuto, Doria Medina e Manfred nunca venceram uma eleição nacional. Tuto concorreu em 2005 e 2014, terminando em segundo e terceiro lugares; em 2020, desistiu porque não alcançou nem 3% dos votos. Doria Medina tentou se tornar vice-presidente em 1997 e perdeu; ele também concorreu à presidência em 2005, 2009 e 2014 e, em 2020, teve que desistir como candidato a vice-presidente de Jeanine Áñez. Manfred perdeu em 2002 e 2009 e depois fugiu para os EUA por mais de dez anos”, afirmou sobre os presidenciáveis.

Evo Morales afirmou que povo boliviano “permanece fiel à verdadeira democracia”, apesar de crise no MAS causada por Arce
Evo Morales Ayma/X

De acordo com Morales, “se não fosse por Luis Arce que roubou nossa sigla e baniu o maior movimento político do país, teríamos vencido essas eleições com uma ampla margem!”, declarou sobre o atual presidente da Bolívia com quem teve uma aliança quebrada no Movimento ao Socialismo (MAS).

Apesar do cenário, o líder indígena afirmou que o povo boliviano “permanece fiel à verdadeira democracia, mesmo que o maior movimento político da nossa história tenha sido proibido, com a cumplicidade e o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia”.

“Hoje levantamos nossas vozes com dignidade e firmeza: elas não poderão silenciar a vontade de um povo que sonha, resiste e jamais abrirá mão do direito de decidir seu destino”, concluiu.