Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Atualização às 17h56

Durante uma nova reunião de gabinete, o presidente colombiano Gustavo Petro pediu uma mobilização nacional e internacional contra as ameaças intervencionistas do presidente dos EUA e em defesa da soberania da Colômbia.

“O povo tem que ir às ruas hoje, e é por isso que convido vocês a se juntarem a mim na sexta-feira (24/10) às 4 [horário local], porque é em companhia que se defende de um monstro como Trump”, disse o presidente colombiano na terça-feira (21/10).

Gustavo Petro se referiu a declarações recentes de figuras políticas dos EUA e reiterou que a raiz do problema não está no fracasso da política antidrogas, mas sim na relação histórica do narcotráfico com determinados setores do poder.

Além disso, o chefe de Estado colombiano denunciou a campanha de difamação promovida por Washington na luta contra as drogas e a agenda belicista dos EUA na região.

Durante a reunião de gabinete, Gustavo Petro explicou as terríveis consequências de uma invasão estrangeira ao seu país e pediu ao mundo que lutasse contra as ameaças e agressões de Donald Trump.

Petro também se dirigiu ao embaixador colombiano nos EUA, pedindo que ele “leve o caso para onde quer que seja”, aludindo à necessidade de manter o diálogo e evitar “um massacre do povo latino-americano”.

“Petro conta com Forças Armadas da Venezuela”

Diante da mobilização de Petro e das ameaças dos Estados Unidos em retaliação, o ministro da Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino López, disse na última terça-feira (21/20) que a Colômbia conta com o apoio das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) para garantir a segurança da fronteira.

Durante sua declaração, Padrino López denunciou as acusações do imperialismo norte-americano de que o presidente colombiano é um narcotraficante, chamando essa ação de uma “estratégia grosseira, bizarra e sem sentido” que ofende os povos das Américas e do Caribe.

O ministro afirmou que tais acusações visam punir os que não se submetem aos interesses dos Estados Unidos. “Quem não se ajoelha e abaixa a cabeça já corre o risco de ser rotulado de traficante de drogas”, disse ele, criticando a política de “paz pela força” promovida por Washington.

Neste contexto, destacou o envio de mais de 20 mil soldados na Operação Catatumbo Relâmpago, ordenada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, com o objetivo de manter a paz na fronteira e expulsar os grupos geradores de violência, respeitando os direitos humanos e a soberania nacional.

Ele também destacou o esforço da FANB no combate ao narcotráfico, informando que 411 aeronaves foram neutralizadas em todo o país, incluindo três capturadas em tempo real em Apure e Amazonas, e a destruição de seis pistas clandestinas na última semana.

“Estamos vigilantes em relação ao nosso espaço aéreo”, afirmou ele, ressaltando o compromisso de proteger a soberania venezuelana.

Padrino López também questionou a presença militar dos EUA no Mar do Caribe, argumentando que o combate ao narcotráfico está sendo usado como pretexto para atacar a soberania e se apoderar dos recursos naturais da região.

Nesse sentido, ele enfatizou que “a paz não se decreta com porrete ou mísseis ”, mas sim é uma virtude construída pelo esforço diário. “A paz é uma virtude humana, um valor humano, construído dia a dia com muito esforço”, acrescentou.

(*) Com TeleSUR