Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (18/07) a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de seus familiares e de seus “aliados na corte”.

A medida foi apresentada como uma retaliação às decisões judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que  foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) e, por determinação do STF, passou a usar tornozeleira eletrônica, como parte de medidas cautelares para evitar uma possível fuga do país.

A medida foi anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que em tom de ataque ao STF, repetiu o discurso do presidente norte-americano, Donald Trump, e acusou Moraes de promover uma “caça às bruxas” e de violar direitos fundamentais.

“O presidente Trump deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, diz o texto publicado na rede social X.

Além de Moraes, é possível que retaliação afete outros oito ministros do STF
Rosinei Coutinho/STF

Segundo Rubio, sua medida “tem efeito imediato”, tendo em vista que Moraes tem “perseguido Bolsonaro e promovido censura”. Contudo, não deixa claro quais outros ministros do STF e demais pessoas devem ser atingidos. É possível que restrição afete pelo menos oito dos 11 ministros do STF.

As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, deputado federal, é investigado pela sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista.

Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença termina no próximo domingo (20/07).

Procurado pela Agência Brasil, o STF ainda não se manifestou sobre a revogação dos vistos.

(*) Com Agência Brasil, Ansa e Brasil de Fato