Governo Macron busca consenso com partidos para conter crise política
França Insubmissa e Reagrupamento Nacional se recusam a participar de rodada de conversa com premiê demissionário Sébastien Lecornu
Em meio à crise política na França, o premiê demissionário, Sébastien Lecornu, iniciou uma rodada de conversas nesta terça-feira (07/10) com os principais partidos políticos franceses.
As reuniões acontecem entre hoje e quarta-feira (08/10) e buscam definir os próximos passos do governo Macron para minimizar a crise política no país.
Lecornu também busca um consenso em torno da aprovação da Lei Orçamentária. Ele conversou sobre o tema com os parlamentares de centro Laurent Panifous e Christophe Naegelen.
Todos os partidos de esquerda, com exceção do França Insubmissa (LFI), aceitaram se reunir com o primeiro-ministro cessante, informou o líder do Partido Socialista (PS), Olivier Faure. Também confirmaram presença lideranças dos Ecologistas e do Partido Comunista Francês (PCF).
Em comunicado conjunto, legendas de esquerda e movimentos sociais, como a Geração Ecológica, exigiram que Macron nomeie um primeiro-ministro de esquerda e ecológico. Eles dizem estar “prontos para governar juntos em torno de uma política de progresso social e ecológico e de justiça fiscal”. Também acusam a recusa do presidente francês em mudar o rumo político do país de “antidemocrática” e “irresponsável”.

Lecornu encontra líderes partidários para conter crise política
Sébastien Lecornu/X
À direita, o ex-ministro do Interior Bruno Retailleau, líder dos Republicanos (LR), confirmou o encontro com Lecornu. Ele disse não descartar um retorno ao governo e avaliou a existência de duas saídas para Macron: “um governo de coabitação ou a dissolução da Assembleia Nacional”.
Marine Le Pen e Jordan Bardella, líderes do partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN), recusaram a reunião, “estas enésimas negociações não visam preservar o interesse do povo francês, mas sim o interesse do presidente da República”, responderam. Eles pressionam pela dissolução imediata da Assembleia Nacional.























