Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, por sua sigla em inglês) fizeram uma grande operação nesta terça- feira (21/10) detendo vendedores e ambulantes no Canal Street, no centro de Manhattan.

A ação causou indignação por parte de autoridades locais e estaduais de Nova York, gerando mobilização de multidões de nova-iorquinos em protesto contra a ação de agentes federais que estavam mascarados, armados e que também contavam com a ajuda de veículos militares circulando pela área. 

O movimento acontece após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor medidas que buscam aprofundar o controle de imigração, enviando operações do ICE a algumas cidades, principalmente a localidades que são governadas pelo Partido Democrata, de oposição ao governo nacional.

A gestão do mandatário republicano tem como principal objetivo combater o crime e promover ações intensificadas, impedindo o fluxo migratório. Porém, disputas legais estão sendo travadas diariamente sobre a medida de Trump.

Entre essas disputas legais estão as audiências que abordam se o presidente norte-americano poderá enviar a Guarda Nacional e forças federais em outras cidades. No entanto, as ações impostas por Trump estão sendo barradas temporariamente pelo Poder Judiciário.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, criticou a operação de Trump, dizendo que “está mirando o pior dos piores (cenários)”, e que “Nova York não se torna mais segura atacando os nova-iorquinos”, se referindo ao ataque aos imigrantes no centro de Manhattan.

Hochul acrescentou que a ação por parte dos agentes cria medo nos habitantes e não gera sentimento de segurança por parte da população.

O Departamento de Polícia de Nova York (NYPD, por sua sigla em inglês), se distanciou da operação, dizendo que “não teve nenhum envolvimento na ação federal que ocorreu na Canal Street”.

O prefeito da cidade, Eric Adams republicou a declaração do órgão policial e acrescentou que “Nova York não coopera com a polícia federal em deportações civis”. 

Segundo o jornal The Guardian, o senador Chuck Schumer, representante do Estado de Nova York pelo Partido Democrata, classificou a operativo como “indiscriminado, errado e destrutivo” e disse que as agências federais de imigração “deveriam ter como alvo criminosos para prisão e deportação, e não medidas imprudentes contra vendedores nas ruas da cidade”.

O CEO da Coalizão de Imigaração Murad Awawdeh descreveu a ação policial como uma “demonstração horrível de excessos federais e táticas autoritárias”.

“As comunidades merecem segurança, dignidade e o devido processo legal que destroem famílias”, acrescentou Awawdeh.