Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Nicolas Sarkozy foi condenado a 5 anos de prisão nesta quinta-feira (25/0) por formação de quadrilha no caso de financiamento ilegal da campanha de 2007 por Muammar Kadafi, mas foi absolvido da acusação de corrupção. Segundo o tribunal, em troca do apoio líbio, Sarkozy teria favorecido a reintegração da Líbia no cenário internacional e prometido absolver Abdallah Senoussi, cunhado de Kadafi, condenado à prisão perpétua pelo atentado ao voo DC-10 da UTA, que matou 170 pessoas em 1989.

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy manteve até o último momento sua alegação de inocência, afirmando que não há nenhuma prova contra ele, e deve recorrer da sentença. Essa era a investigação que poderia render a punição mais severa ao ex-chefe de Estado. Sarkozy foi condenado a cinco anos de prisão, com ordem de detenção de execução adiada, por associação criminosa. Ele foi, no entanto, absolvido das acusações de corrupção durante o julgamento.

Dois ex-colaboradores próximos de Sarkozy, Claude Guéant e Brice Hortefeux, também foram condenados. Guéant foi considerado culpado por corrupção passiva e falsificação de documentos, enquanto Hortefeux foi condenado por formação de quadrilha. Guéant e Hortefeux receberam penas de seis e dois anos de prisão, respectivamente, no caso do financiamento líbio da campanha presidencial de 2007.

Em abril, Ministério Público da França havia solicitado sete anos de prisão em regime fechado e multa de € 300 mil euros contra Sarkozy
UMP/Flickr

Sarkozy, de 70 anos, já havia sido condenado definitivamente a um ano de prisão por corrupção e tráfico de influência no caso “das escutas” no ano passado, quando teve que usar uma tornozeleira eletrônica, de janeiro a maio, algo inédito para um ex-chefe de Estado na França, antes de entrar com um recurso junto à Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH).

Nicolas Sarkozy foi considerado culpado nesta quinta-feira por formação de quadrilha, mas absolvido da acusação de corrupção no caso que investiga suspeitas de financiamento líbio à sua campanha presidencial de 2007, feito pelo então líder da Líbia, Muammar Kadafi. A juíza Nathalie Gavarino afirmou que o ex-presidente francês, de 70 anos, é culpado por ter “permitido que seus colaboradores agissem para obter apoio financeiro” do regime líbio.

Em abril deste ano, após três meses de audiências, o Ministério Público da França havia solicitado sete anos de prisão em regime fechado e multa de € 300 mil euros contra Sarkozy — a pena mais dura solicitada pelos procuradores especializados em crimes financeiros. Para os outros 11 réus, foram requeridas penas de um a seis anos de prisão.