Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, alertou que os militares norte-americanos correm risco de perder seus salários em meados de novembro se a paralisação do governo de Donald Trump, decorrente do impasse no Congresso em chegar a um acordo bipartidário para aprovar um projeto de lei de financiamento, persistir.

“Acho que conseguiremos pagá-los no início de novembro, mas em 15 de novembro, nossos soldados e militares, que estão dispostos a arriscar suas vidas, não poderão receber seus salários”, afirmou o político em entrevista à rede de televisão aberta CBS.

A declaração foi dada após o anúncio dado pela parlamentar do Partido Republicano, Anna Paulina Lima, domingo (26/10), que declarou que o shutdown será prolongado até o final do mês seguinte.

O motivo por trás da paralisação a nível federal é resultado do fracasso do Senado em aprovar o orçamento fiscal devido à falta de consenso entre democratas e republicanos. A discordância entre os parlamentares se concentra na inclusão de subsídios adicionais para assistência médica, exigidos pelos democratas, em oposição à posição republicana, que insiste em abordar tal questão separadamente.

Paralisação do governo dos EUA já dura 27 dias
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O shutdown, já em sua terceira semana, tem atingido inclusive serviços essenciais do país e uma perda percentual semanal de 0,1% a 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a agência novaiorquina de análises de risco S&P Global Ratings.

Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, a interrupção dos serviços federais pode ter afetado mais de 700 mil funcionários, e há possibilidade de que esse mesmo número de trabalhadores esteja sem remuneração.

Os estados de Nova York e Texas alertaram que os benefícios alimentícios do quais dependem as famílias de baixa renda no país também não estarão disponíveis caso a paralisação continue pelo mês de novembro.

Em 1º de outubro, antes do fracasso na votação no Senado, o presidente norte-americano Donald Trump intensificou o clima de confronto político ao sustentar que a paralisação a nível federal poderia servir de ferramenta para realizar cortes salariais e demissões em massa, indicando que os democratas seriam os mais afetados. “Vamos demitir muitas pessoas […] serão democratas”.

(*) Com Telesur