Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina morreu na madrugada desta quarta-feira (16/08) em um hospital público de Brasília. Molina vivia no Brasil desde 2013, quando pediu asilo político afirmando perseguição por parte do governo boliviano. No último sábado (12/08), o ultraleve que ele pilotava caiu em Luziânia (GO), região do entorno do Distrito Federal. Único ocupante da aeronave, o ex-senador sofreu múltiplos ferimentos e foi internado com traumatismo cranioencefálico.

Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Molina sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu às 4h43 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base do Distrito Federal, onde estava internado desde sábado, sedado e respirando com a ajuda de aparelhos. O corpo do político boliviano foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML).

Eleito por um partido de oposição ao presidente boliviano Evo Morales, Molina tornou-se conhecido no Brasil em 2012, quando se refugiou na embaixada brasileira na Bolívia, onde viveu alguns meses na condição de asilado político. Para deixar seu país, o ex-senador precisava da concessão de um salvo-conduto, ou seja, de uma permissão para que pudesse transitar pelo território boliviano sem ser preso.

Agência Brasil

Ex-senador boliviano Roger Pinto Molina morreu nesta quarta, em Brasília

No último sábado, ultraleve que ele pilotava caiu em Luziânia (GO), região do entorno do Distrito Federal; único ocupante da aeronave, ex-senador sofreu múltiplos ferimentos e foi internado com traumatismo cranioencefálico

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Como as autoridades bolivianas não concediam a autorização – alegando que o político tentava escapar a um processo por suspeita de causar danos econômicos ao Estado da ordem de US$ 1,7 milhão – funcionários da embaixada brasileira decidiram transportar Molina até o território brasileiro a bordo de um carro oficial, que não foi parado durante todo o trajeto entre La Paz e Corumbá (MS).

A operação foi autorizada pelo então chefe de chancelaria da embaixada, ministro Eduardo Saboia, que substituía, temporariamente, o embaixador brasileiro Marcelo Biato. À época, autoridades do governo boliviano pediram explicações ao Brasil. Em meio à polêmica, o então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, pediu demissão do cargo.

A Aeronáutica investiga as causas do acidente. No domingo (13), investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos estiveram no local do acidente para fazer registros fotográficos, coletar documentos e entrevistar pessoas que testemunharam a queda da aeronave.

“O objetivo da investigação realizada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e pelos seus serviços regionais é prevenir novas ocorrências com características semelhantes”, diz nota oficial divulgada pelo órgão.