Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Parlamento da Lituânia elegeu na última terça-feira (26/08) uma ex-líder sindical e figura relativamente nova na política, Inga Ruginienė, como primeira-ministra do país, semanas depois da renúncia de seu antecessor. As informações são da emissora de televisão LRT.

Ruginienė foi aprovada como chefe de governo por 78 votos a 35; ela comandou a Confederação de Sindicatos da Lituânia, tendo se filiado ao Partido Social-Democrata, de centro-esquerda, pouco antes das eleições gerais do ano passado.

Gintautas Paluckas, seu antecessor, foi alvo de reportagens de veículos de imprensa sobre seus negócios e finanças pessoais.

Ao longo do mês de julho, diversos meios de comunicação publicaram reportagens sobre os empreendimentos passados e atuais de Paluckas, além de supostas irregularidades aos olhos da lei.

A partir disso, órgãos de combate à corrupção e agências de aplicação da lei lituana começaram apurações próprias.

Ruginienė, que comandou a Confederação de Sindicatos da Lituânia, filiou-se ao Partido Social-Democrata, de centro-esquerda, pouco antes das eleições gerais do ano passado <br / > Inga Ruginienė/Facebook

Ruginienė, que comandou a Confederação de Sindicatos da Lituânia, filiou-se ao Partido Social-Democrata, de centro-esquerda, pouco antes das eleições gerais do ano passado
Inga Ruginienė/Facebook

Nomeação de Inga Ruginienė

O presidente do país, Gitanas Nausėda, nomeou Ruginienė para o cargo, afirmando ao Seimas, o parlamento lituano, que ela é “uma negociadora construtiva que busca o compromisso”.

A nova primeira-ministra disse aos parlamentares que sua prioridade deve ser “restaurar a estabilidade” e que quer trabalhar para “garantir que o governo cumpra o trabalho que lhe foi confiado pelos eleitores”.

Na segunda-feira (25/08), os social-democratas assinaram um acordo para a formação de uma nova coalizão de centro-esquerda com dois parceiros menores, um deles inédito no governo. A aliança tem maioria no Seimas, com 82 das 141 cadeiras.

Apesar da mudança no gabinete, a política externa da Lituânia não deve sofrer alterações. Eleito separadamente, o presidente Nausėda é quem representa o país no cenário internacional e tem sido um dos maiores apoiadores da Ucrânia, com amplo apoio político na nação báltica, que conta com cerca de 2,8 milhões de habitantes.

Membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Lituânia ocupa posição estratégica no solo mais ao Leste do continente, fazendo fronteira com o enclave russo de Kaliningrado e com a aliada de Moscou, Belarus.