Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales denunciou nesta terça-feira (04/11) que o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, promove uma “nova Operação Condor na América Latina” para eliminar líderes populares.

“Trump está realizando uma nova Operação Condor na América Latina, com seus aliados subservientes, para derrubar governos populares que não se submetem ao imperialismo e eliminar líderes do povo que não se vendem por algumas moedas”, escreveu na rede social X.

O líder indígena faz referência à operação norte-americana realizada nas décadas de 1970 e 1980, que apoiou e financiou golpes de Estado na região, levou regimes autoritários de direita ao poder, perseguiu e eliminou ativistas políticos e líderes sociais, sindicais e estudantis.

Morales também criticou o cerco militar dos EUA contra a Venezuela, sob o pretexto de combater o narcotráfico. “Sob o falso pretexto da luta contra as drogas, eles buscam invadir países, semeando derramamento de sangue e bombardeios, a fim de se apropriar de recursos naturais e instalar políticos locais como presidentes que não defendem a soberania e a dignidade nacional”, afirmou.

O líder boliviano acrescentou que, enquanto “milhões de norte-americanos morrem de fome e falta de acesso a cuidados médicos, Trump se considera Deus e juiz supremo do planeta e desperdiça o dinheiro dos contribuintes americanos para financiar a morte”.

Morales vem denunciando repetidamente ações norte-americanas no Caribe
Fotos Públicas

Seus comentários foram feitos a partir de uma video-reportagem da agência de notícias alemã Deutsche Welle mostrando centenas de pessoas em uma fila no Bronx, em Nova York, para receber doações de alimentos, em meio aos cortes no Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), maior programa de assistência nutricional do país.

Essa não foi a primeira vez que Morales se posicionou sobre o assunto. O líder vem denunciando repetidamente as ações norte-americanas no Caribe e já prestou solidariedade ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que foi acusado infundadamente por Trump de participar do narcotráfico.

(*) Com TeleSUR