Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Milhares de pessoas foram às ruas dos Estados Unidos neste sábado (16/08) em protesto contra a tentativa do presidente Donald Trump de manipular os mapas eleitorais e manter a vitória republicana no Congresso nas eleições de meio mandato de 2026.

Em 300 ações espalhadas em 34 estados norte-americanos, em Nova York, Las Vegas, São Francisco, Omaha, Cincinnati, Woodstock, Memphis, Pittsburgh, Houston as pessoas se reuniram sob o lema “Combata o sequestro de Trump“.

Trump e seus aliados republicanos estão tentando roubar a eleição de 2026 redesenhando distritos e atacando os direitos de voto. Isso é uma ameaça à nossa democracia e precisamos nos levantar e lutar”, declarou a organização Public Citizen, uma das responsáveis pelos protestos.

Na prática, o governo Trump está tentando redesenhar os mapas eleitorais para criar mais assentos que possam ser ocupados por deputados republicanos e reduzir distritos legislativos controlados pelo Partido Democrata. A iniciativa começou no Texas e está sendo expandida para outros estados.

Neste cenário, o maior protesto de sábado ocorreu em Austin, na capital do Texas. De acordo com o parlamentar democrata Greg Casar, cinco mil pessoas se reuniram contra a agenda republicana.

Outro parlamentar do Partido Demorata, Lloyd Doggett, declarou: “os texanos não se curvarão às exigências de Trump e do governador [Greg] Abbott de manipular o estado e silenciar vozes. Nem agora, nem nunca”.

Mais de 300 focos de protestos ocorreram em 34 estados norte-americanos
Gene Wu/X

“Junto com patriotas amantes da liberdade, estamos na capital do Texas nos mantendo firmes contra legisladores republicanos covardes obcecados em promulgar os mapas distorcidos de Trump”, declarou.

O movimento em Austin também contou com a participação de parlamentares democratas que têm interrompido a ameaça republicana ao deixar seus estados e não comparecer à votação para aprovar os novos mapas eleitorais, impedindo o quórum mínimo para que a votação ocorra.

“Hoje tenho orgulho de estar ao lado de milhares de pessoas em todo o país que se recusam a deixar extremistas manipularem nossa democracia. Essa luta começou no Texas, mas não termina aqui. Estamos unidos aos americanos em 34 estados dizendo NÃO aos mapas fraudados e SIM à representação justa”, discursou Gene Wu, deputado em Chicago.

Os norte-americanos opositores a Trump também têm se organizado em demais ações contra sua agenda extremista que envolve as deportações em massa, ataques aos direitos civis e liberdades, cortes na educação, saúde e ciência. Uma nova data de mobilização nacional já está marcada para o Dia do Trabalho nos EUA, em 1º de setembro.

(*) Com informações de La Jornada