Sábado, 6 de dezembro de 2025
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As delegações dos Estados Unidos e da China concluíram nesta terça-feira (29/07) o segundo e último dia de negociações sobre tarifas e comércio, iniciadas na última segunda-feira (28/07) em Estocolmo, na Suécia.

Apesar de não terem chegado a um acordo, as delegações concordaram em “continuar a promover extensão da pausa” da guerra tarifária, ou seja, em prorrogar a suspensão mútua dos aumentos tarifários: as taxas de 24% impostas por Washington e as respectivas respostas chinesas. A pausa em vigor terminaria em 12 de agosto.

O anúncio foi feito pelo enviado comercial de Pequim, Li Chenggang, em declaração citada pelo jornal South China Morning Post. Contudo, a declaração oficial e seus respectivos detalhes, como a duração desta nova pausa, ainda não foram divulgados.

Segundo Li, as conversas durante a terceira rodada de consultas comerciais de alto nível entre os dois países “foram francas, construtivas e completas”.

“Ambos os lados estão plenamente cientes da importância de proteger as relações econômicas estáveis e sólidas entre China e EUA. Aconteceram [em Estocolmo] trocas francas sobre importantes questões comerciais e econômicas mútuas”, disse a autoridade chinesa.

Trump classificou negociações como “reunião muito boa com a equipe comercial chinesa”
Official White House Photo by Joyce N. Boghosian

Já o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, falou que a extensão da trégua tarifária com a China “requer primeiro discussões” com o presidente norte-americano, Donald Trump.

O enviado do governo republicano não descartou a hipótese de uma nova cúpula entre ambas as delegações, mas garantiu que os negociadores não discutiram um possível encontro entre Trump e seu homólogo chinês, Xi Jinping.

Por sua vez, o presidente dos EUA confirmou ter conversado com Bessent ao final das negociações e classificou o encontro como uma “reunião muito boa com a equipe comercial chinesa”.

Contexto

O atual impasse entre os EUA e a China tem raízes na guerra comercial iniciada por Trump durante seu segundo mandato. Em fevereiro, o republicano determinou a aplicação de tarifas de 10% sobre todos os produtos chineses importados, elevando esse percentual para 20% em março. A China respondeu com medidas equivalentes, desencadeando uma escalada que levou os EUA a taxarem produtos chineses em até 145%, enquanto Pequim impôs tarifas de até 125% sobre as exportações norte-americanas.

No entanto, em maio, as duas potências concordaram em reduzir as tarifas para 10% por um período inicial de 90 dias, a partir do dia 14 daquele mês. Com isso, as importações norte-americanas de produtos chineses passaram a ser tarifadas em 30%, enquanto os EUA enfrentam uma alíquota de 10% sobre os bens exportados para a China.

(*) Com Ansa, Brasil247 e informações de The Guardian