Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo dos Estados Unidos recolocou Cuba na lista dos países “patrocinadores do terrorismo” nesta segunda-feira (11/01), seis anos depois da ilha ser retirada da classificação em 2015 pelo então presidente Barack Obama.

Para o governo cubano, a decisão é “cínica e hipócrita” e representa um “oportunismo político” da administração de Donald Trump.

“Condenamos a cínica e hipócrita classificação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo anunciada pelos EUA. O oportunismo político dessa ação é reconhecido por todos aqueles que tenham uma preocupação honesta com a praga do terrorismo e suas vítimas”, disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez.

A decisão foi anunciada pelo secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo e acontece a poucos dias do final do governo de Trump.

Segundo Washington, Cuba supostamente fornece “apoio a atos de terrorismo internacional, garantindo-se como um porto seguro para terroristas”.

Para governo cubano, ato é 'oportunismo político' da administração Trump; país havia sido retirado da lista por Obama, em 2015

Cancillería Cuba

Para governo cubano, ato é ‘oportunismo político’ da administração Trump

O governo da Venezuela se pronunciou sobre o tema e condenou a atitude dos EUA. Pelo Twitter, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, disse que os EUA  são o país que “financiou e criou o maior número de grupos terroristas nas últimas décadas”.

“Essa decisão reflete a manipulação e o uso político que Washington faz de um tema sensível como a luta contra o terrorismo com o fim de promover sua agenda de desestabilização e de contínua agressão contra o povo e o governo de Cuba”, afirmou Caracas.

Na mesma lista estão Coreia do Norte e Irã, rivais estratégicos dos interesses norte-americanos.

De acordo com uma fonte da administração Trump citada pela agência Reuters, a medida também visa atrapalhar futuras gestões do governo do presidente eleito Joe Biden com Cuba, já que o processo para incluir ou retirar um país da lista demora meses.

Desde que assumiu a presidência, Trump reverteu algumas medidas tomadas por Obama nas relações diplomáticas com Cuba e aprofundou os mecanismos que fazem parte do bloqueio econômico imposto por Washington desde 1962 contra o país socialista.