EUA anunciam novo ataque contra embarcação no Pacífico, matando 14 pessoas
Ofensiva norte-americana nos mares caribenhos ocorreu nesta madrugada; 57 mortes foram registradas desde o início das operações
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou nesta terça-feira (28/10) que as Forças Armadas norte-americanas destruíram mais quatro embarcações levando à morte de 14 pessoas.
De acordo com Hegseth, apenas um sobrevivente foi resgatado. O ataque ocorreu na madrugada desta segunda-feira (27) e é 11° ataque de Washington às embarcações na região. Até agora, o total de vítimas fatais chega a 57 pessoas.
Em postagem no X, Hegseth alegou, sem apresentar provas, que os alvos eram “narcoterroristas” que estariam “transitando por rotas conhecidas do narcotráfico e transportando entorpecentes”. Segundo ele, as autoridades mexicanas ficaram encarregadas do resgate do sobrevivente.
“Esses narcoterroristas mataram mais americanos do que a Al-Qaeda e serão tratados da mesma forma. Vamos rastreá-los, vamos colocá-los em rede e, em seguida, vamos caçá-los e matá-los”, afirma a postagem do secretário de Defesa norte-americano.
Neste final de semana, Washington enviou mais um navio de guerra à região e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, com 333 metros de comprimento, deve chegar na próxima semana.

EUA anunciam novo ataque contra embarcação no Pacífico, matando 14 pessoas
Reprodução / @SecWar
As operações militares dos EUA em curso na região foram criticadas pelo senador republicano Rand Paul. “O fentanil não é produzido na Venezuela, nem um pouco, nada está sendo produzido na Venezuela”, disse ao Piers Morgan Uncensored. “São barcos de popa que, para chegar a Miami, teriam que parar e reabastecer 20 vezes” tendo como possível destino Trinidad e Tobago, na região costeira.
No começo do mês, o Senado norte-americano rejeitou uma resolução bipartidária que buscava restringir os poderes de guerra da Casa Branca e impedir os ataques contra o país caribenho.
Venezuela
O governo Maduro vem denunciando o que classifica de “ameaça direta à soberania regional” perpetrada pelos Estados Unidos. Neste domingo (26/10), Caracas relatou, após prender um grupo de mercenários, que eles teriam como objetivo cometer um ataque de bandeira falsa ao navio USS Gravely, atracado em Trinidad e Tobago, em conluio com a CIA.
“Em nosso território está sendo desmantelada uma célula criminosa financiada pela CIA [Agência Central de Inteligência], vinculada a esta operação encoberta”, declarou o chanceler Yván Gil. Ele comunicou ao arquipélago sobre a suposta ação.
Na última sexta-feira (24/10) o presidente venezuelano Nicolás Maduro confirmou a criação de brigadas internacionais para defender a “independência, soberania e paz” nacionais em caso de agressão ou intervenção por parte dos Estados Unidos. Na segunda, milhares de cidadãos inundaram as ruas de vários municípios do país em protesto contra a movimentação militar de Washington na região.























