Estudantes de escola católica são sequestrados na Nigéria
Segundo a emissora local, 52 estudantes foram raptados, em sem segundo caso registrado desse tipo de ataque em menos de uma semana
Um grupo de homens armados sequestraram invadiu uma escola católica no centro da Nigéria nesta sexta-feira (21/11) e sequestrou 52 estudantes que estavam no local.
O caso aconteceu no estado de Níger, no oeste do país. Em comunicado, o secretário do governo local, Abubakr Usman, disse que“recebeu com profunda tristeza a perturbadora notícia do sequestro de alunos da Escola St. Mary’s, na área do governo local de Agwara”.
“O número exato de alunos sequestrados ainda não foi confirmado, pois as agências de segurança continuam avaliando a situação”, acrescentou Usman.
Segundo a emissora local Arise News, a polícia está investigando o paradeiro dos 52 estudantes sequestrados, mas ainda não encontrou pistas sobre qual grupo teria cometido o crime, com que finalidade e se as vítimas estão com vida.
Segundo caso
Este é o segundo caso de ataque a uma comunidade cristã na Nigéria em menos de uma semana. O primeiro episódio aconteceu na segunda-feira (17/11), no estado de Kwara, também no Oeste do país, e resultou no sequestro de 38 pessoas.

Vice-presidente, senador Kashim Shettima, em reunião com as famílias dos estudantes sequestrados
Governo da Nigéria
Aquele primeiro ataque causou maior comoção no país, já que parte do atentado teve como alvo um templo religioso e aconteceu durante um culto que estava sendo transmitido ao vivo por streaming.
Horas depois daquele ataque, os sequestradores divulgaram uma mensagem exigindo 100 milhões de nairas (cerca de R$ 300 mil) por cada um dos 38 reféns, o que levou à conclusão de que o crime teve motivação financeira e não ideológica.
Ainda assim, os sequestros têm sido usados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para reforças sua narrativa de que haveria um “genocídio cristão” em alguns países da África, pelo qual o governo norte-americano tem ameaçado militarmente a Nigéria, em pronunciamentos recentes.
Por sua parte, o governo nigeriano tem negado a existência de tal crise humanitária contra as comunidades cristão, tanto católicas quanto evangélicas, e assegurado que os casos registrados estão sendo investigados e serão punidos.
Com informações de Al Jazeera.























