Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
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Os presidentes da Venezuela , Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, chegaram na manhã desta quinta-feira (14/12) ao aeroporto internacional de Kingstown, na capital de São Vicente e Granadinas, onde se encontrarão para discutir a questão de Essequibo, território rico em petróleo e recursos naturais disputados por ambos os países. 

“Chegamos a São Vicente e Granadinas, com o mandato do povo da Venezuela  de avançar através do diálogo e da palavra de paz, defendendo os direitos do povo e da nossa Pátria. Procuramos soluções eficazes, satisfatórias e práticas, conforme exigido pelo Acordo de Genebra “, declarou Maduro em suas redes sociais ao pousar no país caribenho. 

Já Ali escreveu “c hegamos a São Vicente e Granadinas para a reunião mediada pela Caricom [Comunidade do Caribe], a Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos] e o Brasil, com o presidente da venezuela, Nicolás Maduro”, informando que já estava reunido com os representantes da Comunidade do Caribe. 

A posição da Venezuela na disputa bilateral é de diálogo direto entre as partes, na busca de uma agenda de soluções práticas e mutuamente benéficas, é a única solução, no contexto do respeito pela América Latina e pelo Caribe como zona de paz.

Com mediação do Brasil e organizações políticas e sociais, países buscam acordo acerca do território rico em petróleo e alvo de disputas; anexação tem 96% de apoio dos venezuelanos

Nicolás Maduro/Twitter

Posição da Venezuela na disputa bilateral sobre Essequibo é de diálogo direto entre as partes

A reunião, proposta por Caracas, ocorre semanas depois do apoio de 96% povo venezuelano em um referendo consultivo sobre a anexação de Essequibo ao território venezuelano. 

Além da mediação do Brasil, Caricom e Celac, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou o envio de dois observadores à cúpula. 

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, anunciou através de seu porta-voz, Stephan Dujarric, que acolhe com satisfação a reunião e insta os líderes “a resolverem suas diferenças por meios pacíficos, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional”.

Nesse contexto, Dujarric informou que a ONU enviou dois de seus altos funcionários, o chefe de gabinete de Guterres, Courtenay Rattray, e o subsecretário-geral para Europa, Ásia Central e América, Miroslav Jenca.

O porta-voz assegurou que, em relação ao processo em curso na Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia sobre o tema da soberania sobre Essequibo, Guterres “não toma posição”.

(*) Com Ansa e TeleSUR