Sábado, 6 de dezembro de 2025
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As eleições presidenciais do Uruguai, realizadas neste domingo (27/10), terminaram com uma vitória do candidato da Frente Ampla, de esquerda, mas que não foi suficiente para evitar o segundo turno contra o candidato do Partido Nacional, que representa a direita governista.

Com 99% das urnas apuradas, os resultados indicam que Yamandú Orsi, candidato da Frente Ampla, teve 43,9% dos votos válidos. O segundo colocado foi Álvaro Delgado, candidato do Partido Nacional (direita liberal), com 26,8%. Em terceiro ficou Andrés Ojeda, do Partido Colorado (direita conservadora), com 16,1%.

A extrema direita vem em seguida com dois candidatos diferentes.

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A quarta colocação foi do surpreendente Gustavo Salle, do partido antissistema Identidade Soberana, cujo discurso prega o “antiglobalismo verde”, ou “econacionalismo”, com o qual obteve 2,6%.

Em quinto, ficou o ex-militar Guido Manini Ríos, do partido Cabildo Aberto, que defende um discurso nostálgico da ditadura uruguaia (1973-1985), com o qual reuniu 2,3% dos votos.

Movimento de Participação Popular
Yamandú Orsi, da Frente Ampla de esquerda, foi o candidato mais votado do primeiro turno nas eleições presidenciais do Uruguai

Com este resultado, Orsi e Delgado terão que disputar o segundo turno, que está marcado para o dia 24 de novembro.

Uma vitória de Orsi representaria o retorno do setor integrado pelo ex-presidente Pepe Mujica (2010-2015), enquanto Delgado tenta manter no poder o projeto do atual mandatário, Luis Lacalle Pou.

O cenário com os dois candidatos pode emular o que aconteceu em 2019, quando o atual presidente Luis Lacalle Pou perdeu no primeiro turno contra Daniel Martínez, da Frente Ampla, e virou no segundo turno graças a uma aliança entre as candidaturas de direita.

Naquele então, Martínez conseguiu 39,1% contra 28,6% de Lacalle Pou. No segundo turno, o candidato liberal venceu por 50,8 contra 49,2% do esquerdista.