Equador vai às urnas: Daniel Noboa e Luisa González disputam Presidência neste domingo (09/02)
Mais de 13 milhões de eleitores do país decidem entre permanência do atual presidente de extrema direita ou retorno da esquerda
Mais de 13 milhões de eleitores no Equador vão às urnas neste domingo (09/02) para eleger o próximo presidente da República, em uma disputa liderada pelo candidato à reeleição Daniel Noboa, do partido de extrema direita Ação Democrática Nacional (ADN), e a advogada Luisa González, do partido de esquerda Revolução Cidadã, para os próximos quatro anos.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), as 4.349 seções eleitorais instaladas nas 24 províncias do país começaram a operar a partir das 7h pelo horário local (9h pelo horário de Brasília) e encerrarão às 17h pelo horário local (19h pelo horário de Brasília).
O órgão eleitoral também destacou que em território nacional, 13.279.830 equatorianos estão aptos a votar, enquanto no exterior, 456.485 compatriotas poderão votar.
“Exercer o direito de voto é uma nova oportunidade para renovar nosso compromisso com a democracia, porque o futuro do Equador está em nossas mãos”, afirmou o presidente da CNE, Diana Atamaint, convidando “todos os compatriotas do país e do estrangeiro a participarem nas eleições com civilidade e amor à pátria”.
#AsisteAVotar ???
En su mensaje al país, nuestra presidenta, @DianaAtamaint, destaca que, cumpliendo con el principio de transparencia, el #CNE ha facilitado herramientas para que las organizaciones políticas ejerzan un oportuno y ágil control electoral.
➡️Las… pic.twitter.com/dGslQclZzx
— cnegobec (@cnegobec) February 9, 2025
Ao todo, são 16 candidaturas à Presidência do país. Entretanto, o atual presidente Daniel Noboa e a líder da oposição Luisa González lideram nas pesquisas como os favoritos para vencer neste domingo.
Para evitar um segundo turno, o vencedor deve receber 50% dos votos ou pelo menos 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais sobre o segundo mais votado. Caso contrário, o segundo turno entre os dois mais cotados à Presidência será realizado em 13 de abril, de acordo com a legislação eleitoral.
As eleições ocorrem em meio a uma crise de diversas frentes, que afeta a economia, a geração de eletricidade e a segurança pública, entre outras áreas prejudicadas pelas medidas neoliberais do atual presidente. O governo de Noboa, que venceu as eleições extraordinárias de 2023 e assumiu o país para completar o mandato de Guilherme Lasso, foi marcado por políticas violentas alegando combater cartéis internacionais e gangues, e ações controversas classificadas pela oposição como uma “atitude ditatorial”, frequentemente repudiadas por grupos de direitos humanos.
Por outro lado, sua principal adversária González enfatiza políticas à favor da geração de emprego, à mudança no sistema judiciário e do fortalecimento das relações internacionais. Aos 47 anos, a advogada retorna à corrida eleitoral depois de ter chegado até o segundo turno das eleições gerais de 2023. Vale ressaltar que a candidata tem uma vasta experiência na política, sendo reconhecida por suas atuações como vice-secretária-geral do gabinete presidencial de Rafael Correa, cônsul-geral do Equador em Alicante, na Espanha, entre outras funções de alto escalão.

Wikimedia Commons/Asamblea Nacional del Ecuador/Presidência da República do Equador
Daniel Noboa, presidente do Equador e candidato à reeleição pelo partido de extrema direita Ação Democrática Nacional (ADN); Luisa González, candidata do partido de esquerda Revolução Cidadã (RC)
Fronteiras fechadas
No sábado (08/02), o governo equatoriano de Noboa fechou suas fronteiras com a Colômbia e o Peru para evitar possíveis incidentes perpetrados pelo crime organizado que poderiam afetar a segurança eleitoral.
De acordo com um decreto emitido pelo mandatário ultraconservador que concorre à reeleição, “em resposta às tentativas de grupos armados de desestabilizar o país, as fronteiras permanecerão fechadas de sábado, 8 de fevereiro, a segunda-feira, 10 de fevereiro”.
Cierre temporal de fronteras del 8 al 10 de febrero se cumple con acciones inmediatas de seguridad del Gobierno en el país.#ElNuevoEcuador ?? pic.twitter.com/jY0XNfIN0o
— Presidencia Ecuador ?? (@Presidencia_Ec) February 6, 2025
O decreto estabelece que a entrada de cidadãos equatorianos e o fluxo de bens legais e atividades comerciais serão permitidos. No entanto, as fronteiras permanecerão fechadas para estrangeiros e haverá reforço do patrulhamento de portos e rios e da vigilância aérea de pistas de pouso.
Além disso, dias atrás, Noboa indicou a militarização das fronteiras e portos, que permanecem fechados no contexto das eleições.
Na fronteira com o Peru, a ponte internacional sobre o rio Zurumilla, que liga as cidades de Huaquillas (Equador) e Aguas Verdes (Peru), foi fechada. A passagem de fronteira é normalmente uma área comercial movimentada.
Vale lembrar que, além da Presidência, também serão escolhidos 151 deputados e representantes do Parlamento Andino.
(*) Com Telesur























