Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O ex-presidente do Equador Rafael Correa (2007-2017) defendeu nesta quarta-feira (17/05) que a medida de Guillermo Lasso, ao decretar a “morte cruzada”, é “ilegal”.

Para Correa, não há “nenhuma comoção interna” no país como afirmou Lasso ao decretar a dissolução da Assembleia Nacional. Mais cedo, o presidente equatoriano disse que a medida prevista na Constituição do Equador é por conta de “grave crise política e comoção interna”.

O ex-mandatário acusou que a medida de Lasso aconteceu por que ele “não conseguia comprar deputados suficientes” para não ser afastado do cargo

O processo de impeachment contra Lasso, que havia sido retomado nesta terça-feira (16/05), já contava com 88 votos favoráveis para afastar o presidente. Para ser aprovado, eram necessários dois terços do plenário da Assembleia, ou seja, 92 dos 137 parlamentares.

No entanto, por conta da dissolução, todo o processo de impeachment foi interrompido. 

Pelo Twitter, Correa enxerga uma “oportunidade” com o decreto de “morte cruzada”, já que há, segundo ele, possibilidade de “se livrar de Lasso, seu governo e membros alugados”. Correa disse que esse é o momento de “recuperar a Pátria”. 

Para o ex-presidente equatoriano, não há 'comoção interna' para decreto ser acionado, porém afirmou que essa é uma 'oportunidade' de 'recuperar a Pátria' de Guillermo Lasso

Wikimedia Commons

Correa defende que decreto pode ser ‘oportunidade’ para ‘recuperar a Pátria’

Lasso dissolve Parlamento

Para evitar o impeachment, Lasso decretou a “morte cruzada”, um mecanismo que permite dissolver a Assembleia Nacional para, assim, novas eleições serem convocadas no país. 

Para ele, decretar a “morte cruzada” foi uma “decisão democrática” não somente por estar na Constituição equatoriana, mas porque, segundo ele, “devolve ao povo o poder de decidir seu futuro nas próximas eleições”, afirmando ser a “melhor decisão possível”. 

Essa é a primeira vez que o decreto foi acionado, que pode ser decretada em três cenários: obstrução do Parlamento contra o governo “de forma injustificada e reiterada”, o Legislativo assumir funções que não lhe correspondam ou crise política e comoção interna, como motivou Lasso.

Agora, o Conselho Eleitoral Nacional do país terá sete dias para convocar eleições presidencial e legislativa. Enquanto isso, Lasso segue governando o Equador por decreto durante seis meses. 

Quem for eleito nas novas eleições irá governar o Equador até o próximo pleito, que será em 2025.