Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Mais empresas chinesas devem ingressar no mercado russo conforme a relação de negócios entre os dois países se torne cada vez mais favorável. A avaliação foi feita pelo embaixador da China na Rússia, Zhang Hanhui, durante a 9ª EXPO Rússia-China, realizada nesta terça-feira (08/07) em Ecaterimburgo.

O diplomata destacou o fortalecimento da cooperação bilateral e o papel ativo das empresas chinesas no desenvolvimento econômico da Rússia, segundo informou o jornal libanês Al Mayadeen.

Nos últimos anos, as empresas chinesas têm aproveitado as oportunidades emergentes, avaliando de forma positiva as perspectivas do mercado russo. Elas têm respondido ativamente à crescente demanda interna da Rússia, gerando novos empregos e contribuindo para o progresso social e econômico do país”, afirmou Hanhui.

Até junho de 2024, mais de 9 mil empresas chinesas estavam oficialmente registradas na Rússia, evidenciando uma integração empresarial cada vez mais consolidada entre as duas economias.

Zhang também destacou o impacto positivo do novo Acordo sobre Promoção e Proteção de Investimentos de Capital, assinado em maio entre Rússia e China. Segundo ele, o tratado representa um avanço significativo tanto para os governos quanto para os setores privados dos dois países.

O embaixador expressou confiança de que a tendência de expansão chinesa no mercado russo continuará, à medida que as condições se mantiverem favoráveis.

Mais empresas chinesas devem ingressar no mercado russo declara Zhang Hanhui, embaixador da China na Rússia

Mais empresas chinesas devem ingressar no mercado russo declara Zhang Hanhui, embaixador da China na Rússia
Kremlin

Relação China e Ucrânia

Se por um lado se fortalecem as relações entre Pequim e Moscou, o mesmo não acontece nas relações entre Pequim e Kiev.

Neste domingo (06/07), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, decretou sanções a cinco empresas chinesas, conforme um documento publicado em seu site pessoal.

A lista inclui cinco entidades legais registradas na China. As sanções, com duração de dez anos, preveem congelamento de ativos, proibição de operações comerciais, retirada de ativos da Ucrânia e revogação de licenças, inclusive para uso de recursos naturais, entre outras medidas.

Zelensky aplica sanções regularmente a cidadãos e pessoas jurídicas russas, bem como a empresas e indivíduos de outros países que supostamente cooperam com a Rússia. As sanções são propostas por ministérios ucranianos e outras agências governamentais e, posteriormente, endossadas pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional. Além disso, Kiev pressiona ativamente parceiros ocidentais a seguirem seu exemplo.

Questionado se a China consideraria enviar forças de paz para a Ucrânia, Zhang afirmou que o país não é parte da crise Rússia-Ucrânia, nem sua autora, e não está envolvido nas discussões sobre o envio de tropas. Ele reiterou que a China defende três princípios básicos para o envio de forças de paz: consentimento do país envolvido, imparcialidade e não uso de força, exceto em legítima defesa.

“Atualmente, ainda há divergências significativas entre as partes relevantes sobre a manutenção da paz no pós-guerra. As hostilidades não mostram sinais de redução, e as baixas continuam a aumentar. A China apela a todas as partes envolvidas que promovam a distensão e criem condições favoráveis ao diálogo, abrindo uma janela de oportunidade para a paz”, declarou Zhang.

(*) Com TASS