Eleições em Portugal: direita conquista principais capitais do país
PSD vence em Lisboa, Porto, Sintra e Gaia; PS se elege em Viseu, Coimbra, Évora, Bragança e Faro, enquanto Chega obtém primeiras vitórias municipais
Eleições neste domingo (12/10) em Portugal revelam uma guinada à direita do eleitorado. Os portugueses foram às urnas escolher os novos representantes em 308 prefeituras e conselhos municipais, e deram uma vitória expressiva ao Partido Social Democrata (PSD) em 136 cidades.
O PSD conquistou capitais importantes como Lisboa, Porto, Sintra e Gaia, e outras cinco lideradas por independentes apoiados pelo partido. Com a vitória, considerada “histórica” pelo premiê Luís Montenegro, o PSD retoma a liderança no país, ou nas palavras do premiê, volta a ser “o maior partido português”.
“Esta foi a força política que teve mais votos, mais mandatos, mais presidentes de câmara municipal e uma vitória história nos cinco maiores conselhos do país. [É a legenda] que se apresenta em condições de liderar a Associação de Municípios do país”, destacou Montenegro.
Em Lisboa, o PSD superou a candidatura do Partido Socialista (PS), liderada por Alexandra Leitão, que obteve 33,95% dos votos. Em outras cidades, o PS manteve desempenho expressivo em alguns conselhos municipais, mas perdeu espaço para o PSD em regiões estratégicas. Os socialistas conquistaram a maioria dos votos em Viseu, Coimbra, Évora, Bragança e Faro.
Apesar da derrota para o PSD, José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, disse estar satisfeito com o resultado. “Com satisfação e um grande voto de confiança do eleitorado urbano conseguirmos conquistar cinco capitais de distrito”, afirmou.

Vitória do PSD é considerada ‘histórica’ pelo premiê português Luís Montenegro
Wikimedia Commons/Agência Lusa
Extrema direita vence em três cidades
Enquanto os dois maiores partidos consolidaram suas posições, a legenda de extrema direita, Chega, conquistou pela primeira vez três Câmaras Municipais: São Vicente (Madeira), Entroncamento (Santarém) e Albufeira (Faro). E se tornou, com 11,72% dos votos, a terceira maior força política nas autárquicas de 2025.
O presidente do partido, André Ventura, no entanto, afirmou não ser “a amplitude da vitória que queríamos”. “Este partido já não luta para ficar em segundo nem em terceiro. Este partido luta para vencer. Hoje não vencemos mas vamos lutar para vencer”, complementou.
O Partido Comunista Português (PCP), por sua vez, voltou a enfrentar queda expressiva, mantendo apenas 12 autarquias e perdendo todas as capitais de distrito. O Comitê Central do PCP reúne-se nesta terça-feira (14/10) para avaliar os resultados e debater o cenário político pós-eleitoral.























