Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em entrevista ao jornal El Espectador, a ministra das Relações Exteriores colombiana, Rosa Villavicencio, disse que teve conversas com o encarregado de negócios dos EUA na Colômbia, John McNamara, que lhe contou as verdadeiras intenções da mobilização dos EUA no Caribe.

“Com base nas conversas que tivemos com o embaixador (John McNamara), seus representantes e também com os congressistas que nos visitaram há algumas semanas, que são de origem colombiana, pudemos concluir que não há intenção de intervenção”, disse o chanceler ao referido meio de comunicação.

Villavicencio também reiterou a posição do governo colombiano em caso de intervenção de tropas americanas na Venezuela. “Buscamos a paz em nossos territórios com compromissos de médio e longo prazo. E em tudo isso, tanto os Estados Unidos quanto os países da região também estão comprometidos em ajudar”, enfatizou.

Por enquanto, a região permanece focada na tensão entre o governo Donald Trump e o regime de Nicolás Maduro. Apesar das imagens oficiais dos primeiros navios de guerra norte-americanos a caminho da Venezuela terem sido divulgadas, o líder chavista apelou às Nações Unidas para que suspendam os deslocamentos militares americanos.

Para o venezuelano, a mobilização militar dos EUA “constitui uma grande ameaça à paz e à segurança regionais” e a decisão contradiz o compromisso histórico das nações “com a resolução pacífica de disputas”.

A mobilização de navios de guerra, submarinos com propulsão nuclear e aeronaves para detectar submarinos de alta tecnologia coincide com as instruções de Trump às forças armadas de seu país para combater os cartéis de drogas latino-americanos.

'A Venezuela não aceita a supremacia de ninguém e representa a dignidade e a coragem de Bolívar', disse Maduro

‘A Venezuela não aceita a supremacia de ninguém e representa a dignidade e a coragem de Bolívar’, disse Maduro
Nicolas Maduro / Telegram

Venezuela denuncia na ONU

O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, manteve um importante encontro com Gianluca Rampolla, Coordenador Residente da ONU na Venezuela, com o objetivo de fortalecer a cooperação bilateral em um marco de respeito à soberania nacional.

Caracas considera esta mobilização de forças militares dos EUA uma séria ameaça à paz e à segurança regionais e uma clara violação dos compromissos internacionais assumidos para manter a região como uma Zona de Paz.

A Venezuela descreveu essa presença como um ato de intimidação contrário à letra e ao espírito da Carta das Nações Unidas, que estabelece que os Estados devem abster-se da ameaça ou do uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado.

(*) Com TeleSUR