Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, lançou duras críticas aos Estados Unidos durante a XIII Cúpula Extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), realizada nesta quarta-feira (20/08). Em seu discurso, ele denunciou a “nova ofensiva imperialista” contra a América Latina e o Caribe, com especial atenção aos ataques dirigidos à Venezuela e ao presidente Nicolás Maduro.

“Nem as bravatas de intervenção, nem as pressões políticas e econômicas, nem as campanhas de desinformação são suficientes para quebrar as essências e render a dignidade latino-americana e caribenha, se nos mantivermos coesos”, afirmou Díaz-Canel.

O líder cubano acusou Washington de recorrer sistematicamente à violação do direito internacional, ignorando a Carta das Nações Unidas e resoluções regionais e globais que condenam a coerção. “Os Estados Unidos utilizam o combate às drogas como pretexto. Este discurso encobre intenções colonizadoras, enquanto a região enfrenta sérias ameaças à sua estabilidade”, declarou.

Ele também responsabilizou diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por intensificar os ataques contra governos soberanos. E repudiou em particular as acusações contra Nicolás Maduro, acusado sem provas de envolvimento com o narcotráfico. “Estas acusações fazem parte de um movimento estratégico de dominação e despojo, que não pode ser aceito pela nossa região”, frisou.

Díaz-Canel repudia ‘nova ofensiva imperialista’ dos EUA contra América Latina
@ALBA

No encontro, o presidente cubano apoiou a proposta do presidente Gustavo Petro, à frente presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), de convocar uma reunião extraordinária de chanceleres para denunciar internacionalmente as novas pressões de Washington. “Consideramos necessário mobilizar a denúncia da CELAC contra este novo intento colonizador”, disse.

Propostas da ALBA

A proposta consta entre as medidas aprovadas pelos oitos países que compõem a ALBA contra ações “coercitivas unilaterais” dos Estados Unidos. O objetivo é  fortalecer a integração regional como forma de enfrentar o “arremetida imperialista”.

Entre as medidas constam o apoio absoluto a Maduro, diante da ofensiva judicial e midiática promovida pelos Estados Unidos e a rejeição categórica ao deslocamento militar norte-americano no Caribe, “disfarçado de operações antidrogas, que constitui uma ameaça direta à paz regional”.

Também foram mencionadas a denúncia do recrudescimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba e a condenação às políticas imperialistas de desestabilização que buscam minar a unidade e a autodeterminação da região. “Como ensinaram nossos libertadores Bolívar, Martí, Chávez e Fidel, somente com a unidade firme dos povos livres garantiremos a paz, a justiça e a soberania em nossa região”, diz o documento.

Leia a íntegra: