Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Nesta segunda-feira (15/09), o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) atacou o ator Wagner Moura após este criticar a incapacidade dos Estados Unidos de lidar com os apoiadores de Donald Trump. Na rede social “X”, o parlamentar fez um post com a proposta de alertar as autoridades americanas sobre a presença do ator brasileiro nos Estados Unidos.

Gayer publicou a mensagem marcando diretamente o secretário de Estado Marco Rubio e o vice-secretário Christopher Landau. “Acho que vale a pena dar uma olhadinha neste extremista”, publicou o deputado.

Para concretizar seu argumento, ele compartilhou uma entrevista do ator à BBC Brasil, onde Wagner Moura teria dado como sugestão que os norte-americanos estariam com “inveja” do Brasil pelo julgamento que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2023).

Nessa perspectiva, o parlamentar de direita apresentou como opção para o governo norte-americano a deportação do ator brasileiro, que atualmente reside em Los Angeles. “Esse cara está morando nos Estados Unidos e continua apoiando Moraes, atacando Trump e dizendo que os Estados Unidos agora é (sic) uma ditadura”, acusou Gayer.

Bolsonaristas ficaram incomodados com a declaração de Wagner Moura
 Victor Jucá / Divulgação

Na última semana, parlamentares alinhados ao bolsonarismo sugeriram a órgãos dos Estados Unidos o cancelamento de vistos brasileiros que criticaram a administração de Trump. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou posts marcando o secretário de Estado norte-americano mencionando os influenciadores brasileiros Whindersson Nunes e Pedro Certezas, propondo medidas similares às pedidas por Gayer ao ator Wagner Moura.

Essas acusações contrastam com a postura demonstrada pelos mesmos parlamentares em junho deste ano, quando defenderam o humorista Léo Lins, após este ser condenado por crimes de discriminação e incitação ao preconceito por meio de piadas ofensivas.

À época, o deputado Gayer afirmou na rede social X que “estamos vivendo a criminalização não somente da liberdade de expressão, mas também do riso. Ontem foram jornalistas, hoje são parlamentares e um humorista. Amanhã, pode ser qualquer um”.

Já o deputado Nicolas Ferreira criticou a sentença, também afirmando defender a liberdade de expressão, ao dizer que o “Brasil é o país que leva piada a sério e política na brincadeira”.