Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O gabinete do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma operação policial de busca e apreensão, nesta quarta-feira (11/12).

A ação surge em meio às investigações sobre a declaração da lei marcial no último dia 3 de dezembro e mobilizou três instituições policiais: a Agência Nacional de Polícia, a Polícia Metropolitana de Seul e a polícia da Assembleia Nacional.

Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, guardas de segurança do palácio presidencial tentaram bloquear a entrada da equipe especial de investigação no edifício.

“A operação começou e obtivemos acesso de busca à parte dos serviços públicos. Atualmente não podemos entrar no prédio principal devido a restrições impostas pelos guardas de segurança presidencial”, informaram as autoridades policiais.

A agência também informa que o presidente Yoon não estava no local. Ele é investigado criminalmente por insurreição e abuso de poder por ter imposto uma lei marcial para restringir os direitos civis da população, cuja duração foi de apenas seis horas devido à rejeição do Parlamento.

Em meio à crise generalizada e fortes protestos, o presidente pediu desculpas e afirmou que decretou a legislação por desespero. Na sequência, sobreviveu a uma votação de impeachment.

Nesta terça-feira, setores da oposição na Assembleia Nacional aprovaram uma resolução que pede a “prisão imediata” de Yoon e de outras sete pessoas ligadas à tentativa mal sucedida do governo de impor lei marcial.

Presidência da Coreia do Sul
Gabonete do presidente sul-coreano foi alvo de operação policial um dia depois de a Assembleia Nacional aprovar resolução para um pedido de prisão do mandatário

Tentativa de suicídio de ex-ministro

Também nesta quarta-feira, o ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong Hyun, tentou cometer suicídio em uma prisão em Seul, onde está detido sob a acusação de insurreição

A informação foi revelada pelo Serviço Penitenciário do país. O político foi preso no último domingo (08/12), cinco dias depois da declaração da lei marcial. Kim havia sido um dos principais defensores da medida, em seu momento.

Após tentar tirar a própria vida, o ex-ministro da Defesa foi transferido para um quarto de isolamento e permanece com a saúde “estável”.

 

* Com informações de Yonhap e ANSA.