Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Coreia do Norte rejeitou veementemente nesta terça-feira (29/07) qualquer tentativa norte-americana de pôr fim ao seu programa nuclear. Para Pyongyang, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve aceitar a realidade das capacidades bélicas “irreversíveis” norte-coreanas, que foram se desenvolvendo ao longo dos últimos anos.

O comunicado de Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un e vice-diretora do Partido dos Trabalhadores, foi publicado na agência de notícias estatal KCNA

A principal conselheira da Coreia do Norte admitiu que a relação pessoal entre seu irmão e o presidente norte-americano “não é ruim”. Entretanto, alertou que se Washington pretende tirar proveito dessa relação com o objetivo da desnuclearização, tal esforço seria interpretado por Pyongyang como apenas uma “piada”.

“A República Popular Democrática da Coreia está aberta a qualquer opção na defesa de seu atual status nacional”, destacou, rechaçando qualquer interferência externa de negar a referência do país como uma potência nuclear.

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Wikimedia Commons/Dan Scavino

De acordo com Yo Jong, a Casa Branca alegou que Trump “estabilizou a situação na Península Coreana e alcançou o primeiro acordo de alto nível sobre a desnuclearização por meio das três cúpulas Coreia do Norte-EUA durante seu primeiro mandato”. Na nota, a conselheira ressaltou ainda que o republicano se manifestou aberto a novos diálogos com Pyongyang para estabelecer uma “desnuclearização completa”.

“Vale a pena levar em consideração o fato de que o ano de 2025 não é 2018 ou 2019”, lembrou a irmã de Jong Un, enfatizando que “ninguém pode negar a realidade” dos arsenais nucleares do país asiático, nem mesmo negar a mudança “radical” do cenário geopolítico.

“Se não puderem aceitar a realidade mudada e se apegarem apenas ao passado de fracasso, o encontro entre a Coreia do Norte e os EUA continuará sendo apenas uma ‘esperança’”, concluiu.