Comitê dos EUA divulga documento de Epstein com suposta assinatura de Trump
Casa Branca nega autenticidade do material enquanto democratas pressionam por abertura dos arquivos do financista condenado por crimes sexuais
O Comitê de Supervisão do Congresso norte-americano tornou públicos nesta segunda-feira (08/09) documentos do espólio de Jeffrey Epstein. Entre que inclui um desenho sexualmente sugestivo com o que aparenta ser a assinatura de Donald J. Trump. A revelação reacendeu a polêmica sobre a relação do republicano com o financista condenado por crimes sexuais.
O material, conhecido como “Livro de Aniversário” de Epstein — produzido em 2003 para comemorar seus 50 anos — contém cartas, fotos e ilustrações de dezenas de personalidades. Entre elas, consta o desenho de uma mulher nua com o nome “Donald” escrito abaixo da cintura. A imagem é acompanhada de um texto que simula uma conversa entre Trump e Epstein.
Segundo The New York Times, a assinatura lembra correspondências pessoais de Trump da época, que também traziam apenas o primeiro nome com traços semelhantes. A Casa Branca, no entanto, nega a autenticidade do documento. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que “é muito claro que o presidente Trump não fez esse desenho, nem o assinou”.
O vice-chefe de comunicações Taylor Budowich também se manifestou, aponta o jornal. Ele disse que a assinatura não corresponde ao estilo atual de Trump, chegando a publicar fotos comparativas de seus autógrafos recentes.

Comitê da Câmara dos EUA divulga documento de Epstein com suposta assinatura de Trump
Gage Skidmore / White House
Abertura dos arquivos
Os congressistas democratas pressionam pela liberação integral dos arquivos de Epstein. O deputado Robert Garcia, líder democrata no Comitê de Supervisão, declarou em comunicado que “o Comitê obteve o infame ‘Livro de Aniversário’ que contém uma nota do presidente Trump que ele disse não existir. É hora de o presidente dizer a verdade e liberar todos os arquivos de Epstein.”
Já o republicano James Comer, presidente do Comitê, acusou a oposição de “politizar informações”, afirmando que Trump não é acusado de nenhuma irregularidade.
Além de cartas, no espólio entregue ao Comitê, constam testamentos, registros bancários, listas de contatos e cópias de acordos judiciais firmados por Epstein. As páginas, aponta a reportagem, revelam um círculo de amigos poderosos, com mensagens muitas vezes de teor misógino e sexualizado.
O caso tem dividido parte da base MAGA de Trump que pressiona para que o Departamento de Justiça libere todos os arquivos. Já os líderes do Partido Republicano tentam evitar que a questão avance para uma votação no plenário. Para analistas ouvidos pelo NYT, o episódio pode enfraquecer ainda mais a posição de Trump, que busca controlar a narrativa sobre suas conexões com Epstein em meio às eleições de 2026.























