Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo da Colômbia anunciou nesta segunda-feira (20/10) ter convocado seu embaixador nos Estados Unidos, Daniel García Peña, para consultas, no contexto de uma crise política e diplomática deflagrada no dia anterior, quando o presidente norte-americano Donald Trump chamou o mandatário sul-americano Gustavo Petro de “traficante” e o acusou, sem provas, de incentivar a produção de entorpecentes. 

De acordo com um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores colombiano, o representante colombiano já retornou a Bogotá. O texto acrescenta que o Executivo “anunciará nas próximas horas as decisões tomadas diante da situação”.

No domingo (19/10), o republicano usou sua conta na plataforma Truth Social para ofender Petro. Sem fornecer dados que sustentem sua tese, o norte-americano alegou que o objetivo do presidente colombiano com a suposta produção de drogas “é a venda de quantidades massivas do produto para os Estados Unidos”. Alertou ainda que “é melhor fechar” as operações, caso contrário, ameaçando intervir no país sul-americano. Na mesma publicação, anunciou o corte de subsídios à Colômbia.

Petro reagiu às acusações infundadas e chamou o republicano de “ignorante” e “rude”, sugerindo que este tem sido mal orientado pelos seus assessores. Ainda reiterou que a sua nação nunca foi desrespeitosa com os Estados Unidos. Pelo contrário, “amou profundamente sua cultura”.

No mesmo dia, a chancelaria colombiana rechaçou a conduta do magnata e anunciou que recorreria a “todas as instâncias internacionais” para defender a nação. Segundo a pasta, as declarações do norte-americano são “ofensivas” e “uma ameaça direta à soberania nacional ao propor uma intervenção ilegal em território colombiano”.

Petro se tornou o novo alvo de Trump, que há semanas tem realizado uma operação militar em larga escala nas proximidades da costa venezuelana sob a justificativa de combater os cartéis de drogas. Entretanto, o líder de Caracas, Nicolás Maduro, afirma que se trata de uma tentativa norte-americana de invadir seu país e derrubar o seu regime.