Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Os líderes da Rússia e da Coreia do Norte, Vladimir Putin e Kim Jong Un, respectivamente, confirmaram nesta quinta-feira (28/08) presença no desfile militar na China a ser realizado em 3 de setembro, no âmbito do 80ª aniversário do Dia da Vitória. Conforme o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, os aliados de Pequim foram colocados pelo presidente Xi Jinping como os “nº 1 e nº 2” da lista, “expressando sua intenção de dar-lhes tratamento especial”.

Ao todo, foram chamados chefes de Estado de 26 países e, entre estes, nenhum líder ocidental – com exceção de Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, membro da União Europeia – informou o Ministério das Relações Exteriores da China.

Atualmente, a Rússia é alvo de sanções econômicas impostas pelas nações ocidentais em decorrência da guerra na Ucrânia, iniciada em 2022. A última vez que Putin esteve na China foi em 2024. No lado norte-coreano, o país foi sancionado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) pelo desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos diante da ameaça da aliança militar entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos. A última visita de Kim à China foi em janeiro de 2019.

À agência estatal TASS, o embaixador de Pequim em Moscou, Zhang Hanhul, disse que a reunião entre os mandatários russo e chinês “determinará a direção do desenvolvimento das relações bilaterais e um novo impulso ao aprofundamento da cooperação em todas as áreas”.

“As relações China-Rússia são baseadas nos interesses fundamentais e nas necessidades comuns dos dois países. Eles têm uma lógica histórica clara e poderosas forças motrizes internas”, disse Zhang. “Eles estão entre as relações mais estáveis, maduras e estrategicamente valiosas entre as principais potências do mundo moderno”.

A agência estatal da Coreia do Norte KCNA confirmou que o líder Kim “visitará em breve a República Popular da China”, destacando que foi um “convite do camarada Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da República Popular da China”.

De acordo com a mídia sul-coreana, é esperado uma reunião bilateral entre Kim e Putin, levando em consideração que, recentemente, Pyongyang fortaleceu sua relação com Moscou enviando tropas para apoiar na luta contra a Ucrânia. Além disso, com o recente encontro entre os presidentes do Sul, Lee Jae Myung, e dos EUA, Donald Trump, a imprensa local especula que a Coreia do Norte esteja interessada em aprofundar cooperação com a China e a Rússia.

Líderes da Coreia do Norte, Kim Jong Un; da Rússia, Vladimir Putin; e da China, Xi Jinping
The Presidential Press and Information Office /U.S. Department of State/Пресс-служба Президента Российской Федерации

Outros participantes

A chancelaria chinesa também confirmou que, entre os participantes do desfile que marca a rendição formal do Japão durante a Segunda Guerra Mundial, estarão o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko; o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian; o presidente indonésio, Prabowo Subianto; o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic; e o presidente da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, Woo Won Sik. 

A ONU será representada pelo subsecretário-geral Li Junhua, que anteriormente atuou em várias funções no Ministério das Relações Exteriores da China, inclusive como embaixador chinês em países como Itália, San Marino e Mianmar.

A apresentação de 3 de setembro durará cerca de 70 minutos a partir das 10h, pelo horário local. Segundo o jornal sul-coreano Dong Ah Ilbo, é prevista a instalação de um total de 45 esquadrões via solo e ar, com dezenas de milhares de soldados. Serão também exibidos equipamentos de ponta, como caças, sistemas de defesa antimísseis e armas hipersônicas.