‘China e Rússia respeitam mais a África que os europeus’, diz presidente congolês
Segundo Felix Tshisekedi, mandatário da República Democrática do Congo, ‘relações com Pequim e Moscou são melhores porque, diferente dos europeus, eles não pretendem nos dar lições de moral’
Em entrevista ao canal francês LCI, veiculada neste sábado (04/05), o presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, rebateu a pergunta feita pelos entrevistadores sobre supostas ameaças à soberania do seu país devido a que sua diplomacia tem se aproximado da China e da Rússia e se afastado da Europa.
“Estamos sempre enfrentando esses julgamentos (morais) da Europa. Os russos querem promover a amizade com o Congo, por que deveríamos rechaçá-los?”, questionou Tshisekedi.
Em seguida, o mandatário congolês afirmou que “as relações com Moscou e Pequim são melhores porque eles respeitam muito mais a África que os países europeus. São relações baseadas nos nossos interesses em comum. Eles não pretendem nos dar lições de moral”.
O presidente da República Democrática do Congo reforçou seu argumento sobre a falta de respeito dos europeus com os países africanos lembrando do caso do parlamentar britânico Chris Philp, ocorrido nesta semana.

Presidência da República Democrática do Congo
Felix Tshisekedi defendeu aproximação diplomática do seu país com Rússia e China e afastamento com relação aos países europeus
Em uma entrevista para meios do seu país, o político do Partido Conservador tentou fazer uma “piada”, perguntando se Ruanda e a República Democrática do Congo são países diferentes.
Em outro momento da entrevista, Tshisekedi usou a França como exemplo para criticar a ambiguidade dos países europeus diante da guerra na Ucrânia e da ofensiva militar promovida por Israel na Faixa de Gaza.
“A França vem condenando o bombardeio israelense em Gaza, mas por que não corta seus laços com Israel? Por que só se mostra enérgica quando se trata da Rússia? E ainda querem condicionar as nossas relações, se achando no direito de questionar se queremos ser amigos da Rússia”, manifestou Tshisekedi.























