Chanceler da Hungria classifica adesão da Ucrânia à OTAN como 'prematura'
Ao anunciar que aliança militar ocidental não vai convidar Kiev para adesão em 2024, Peter Szijjarto ainda afirmou que país não tem lugar na Otan por 'desrespeitar direitos de minorias nacionais'
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, definiu nesta quarta-feira (29/11) como “prematura” a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao anunciar que o país não será convidado para integrar a aliança militar ocidental em 2024.
Com o alinhamento da organização militar ocidental a Kiev durante a guerra contra Rússia, era esperado que durante a próxima cúpula da Otan, que será realizada em Washington, um convite de adesão fosse feito.
No entanto, segundo o húngaro, os chanceleres dos países da Otan concordaram que o mesmo não deve ocorrer diante das “atuais circunstâncias”.
“Hoje, os aliados sublinharam que, nas atuais circunstâncias, não se pode falar da adesão da Ucrânia à Otan, então ficou claro para todos que até à próxima cúpula e na próxima cúpula, a Ucrânia não receberá um convite para integrar a aliança”, disse Szijjarto.

Cancillería del Ecuador/Flickr
Chanceler húngaro lembrou que apenas países que contribuíram para segurança do Atlântico Norte podem aderir à aliança
Segundo sua análise, a adesão não deve ocorrer respaldada pelo artigo 10º do Tratado de Washington, que estabelece a organização. De acordo com o documento, apenas os países que contribuiriam para a segurança do Atlântico Norte podem aderir à aliança.
Além disso, Szijjarto afirmou que a admissão da Ucrânia na aliança levaria a Otan à ameaça de um confronto direto com a Rússia, o que significaria a Terceira Guerra Mundial.
O chanceler húngaro ainda acusou a Ucrânia de “constantemente tirar, violar e revogar direitos das minorias nacionais”, motivo pelo qual justificaria Kiev “não ter um lugar” na Otan.
(*) Com Sputniknews























