Caso Epstein: família de vítima exige transparência do governo Trump
Irmãos de Virginia Giuffre, que foi aliciada aos 16 anos, rebatem acusação do presidente dos EUA e pedem justiça: 'ela foi recrutada'
Os irmãos de Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras de Jeffrey Epstein, que morreu no início deste ano, disseram que o desejo de sua irmã era a divulgação dos arquivos de Epstein e pediram a Donald Trump que não perdoasse sua antiga associada, Ghislaine Maxwell.
“Ela tinha um pouco de esperança porque foi dito que os arquivos seriam divulgados”, disse Amanda Roberts, cunhada de Giuffre, à emissora NBC News na quinta-feira (31/07), e acrescentou que queria “transparência e justiça” para as vítimas. “Ela lutou para que isso acontecesse até o fim. Ela queria que o público soubesse dos crimes que eles cometeram.”
No início desta semana, segundo o jornal britânico The Guardian, Trump disse que expulsou Epstein de seu clube “porque ele [Epstein] fez algo inapropriado” – especificamente, que “ele roubou pessoas que trabalhavam para mim” — como foi o caso de Giuffre e outras jovens funcionárias de seu clube de campo Mar-a-Lago, onde ela trabalhava como atendente de spa em 2000.
“Ela não é um objeto, é uma pessoa”, disse Sky Roberts, o outro irmão de Virginia, em meio às lágrimas. “Ela é mãe. É irmã. E foi recrutada por Maxwell quando tinha 16 anos. Não foi roubada.”
“O fato é que o presidente Trump expulsou Jeffrey Epstein de seu clube por ser um pervertido com suas funcionárias”, contrapôs a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Giuffre, que faleceu este ano, alegou em sua denúncia que foi inicialmente abusada por Epstein e Maxwell juntos e depois “emprestada a outros homens poderosos”, incluindo o Príncipe Andrew, que negou a acusação.
Caso Epstein: democratas pressionam Justiça por divulgação integral dos arquivos
Maxwell, que está cumprindo uma pena de 20 anos de prisão por seu papel no recrutamento e tráfico de menores para fins sexuais, pediu à Suprema Corte dos EUA que anule sua condenação e, segundo informações, está buscando o perdão presidencial.
Um funcionário do governo Trump disse que o presidente não estava considerando atualmente uma ação de clemência para Maxwell.























