Terça-feira, 23 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24/04) um projeto de lei que prevê o repasse de US$ 95 bilhões em ajuda militar para seus aliados: Israel, Ucrânia e Taiwan. Além disso, a medida inclui uma cláusula que forçaria a plataforma TikTok, controlada pela empresa chinesa ByteDance, a ser vendida por um dono de confiança norte-americano ou banida do país

Em relação ao fornecimento de recursos às nações aliadas, o mandatário norte-americano explicou que o objetivo é dar “apoio vital aos parceiros dos Estados Unidos para que eles possam se defender de ameaças à sua soberania”.

O projeto consiste em US$ 61 bilhões a Kiev e US$ 26 bilhões a Tel Aviv, além de um bilhão destinado à assistência humanitária na Faixa de Gaza e oito bilhões para combater as forças militares da China.

Segundo o jornal israelense The Times of Israel, o avanço do projeto é uma “rara vitória bipartidária” para o democrata, que tenta buscar a reeleição na corrida presidencial de 2024, e enfrenta uma série de disputas internas com os republicanos no Congresso.

Em relação aos repasses a Kiev, Biden garantiu que o envio começará nas “próximas horas” e permitirá capacidades de defesa aérea, tiros de artilharia, veículos blindados e outras armas para reforçar as forças ucranianas na guerra contra a Rússia. 

Já no caso de Israel, Biden afirmou que o projeto de lei ajudará a reabastecer a defesa aérea de Tel Aviv, nação que segue atacando os palestinos na Faixa de Gaza após sete meses de guerra.

Wikimedia Commons/Gage Skidmore
Presidente dos Estados unidos, Joe Biden sancionou um projeto de lei que prevê repasses bilionários aos países aliados, além de incluir, na medida, uma cláusula contra o funcionamento do TikTok nos Estados Unidos

Possível banimento do TikTok nos EUA

Dentro da medida, está uma cláusula que dá um prazo de nove meses à plataforma TikTok, gerida pela empresa chinesa ByteDance, sediada em Pequim, para vendê-la a um órgão de confiança norte-americano. Caso contrário, o aplicativo seria banido nos Estados Unidos.

Segundo a agência AP, Biden pode conceder uma prorrogação única de 90 dias, elevando o prazo de venda para um ano, se certificar que há um caminho para o desinvestimento e “progresso significativo” para executá-lo.

A mobilização ocorre em meio à preocupação norte-americana, que alega que o TikTok estaria supostamente coletando dados confidenciais da população norte-americana.

De acordo com o governo, a prática representa um risco à segurança nacional, uma vez que o país asiático poderia estar utilizando dados de mais de 170 milhões de usuários norte-americanos para “atividades de espionagem”.

Ao rechaçar a acusação, o TikTok considerou a conduta dos Estados Unidos como um esforço “inconstitucional” do Congresso.

“Acreditamos que os fatos e a lei estão claramente do nosso lado e, em última análise, prevaleceremos”, rebateu a empresa, por meio de comunicado.

“O fato é que investimos bilhões de dólares para manter os dados dos Estados Unidos seguros, assim como nossa plataforma livre de influência e manipulação externa. Essa proibição devastaria sete milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de norte-americanos”, justificou o TikTok.