Argentina: 'Panama Papers' indicam nova empresa offshore vinculada a Grupo Macri
Documentos não apontam relação com Mauricio Macri; informações foram reveladas em testemunho de jornalista durante processo que investiga presidente
De acordo com os documentos dos “Panama Papers”, o Grupo Macri, fundado pelo empresário Franco Macri, pai de Mauricio Macri, presidente da Argentina, está vinculado a uma nova empresa offshore, reportou o jornal argentino La Nación nesta terça-feira (12/04).
Os documentos não indicam vínculo do presidente com a empresa offshore. Segundo fontes próximas a Macri afirmaram ao La Nación, desde 2010 o presidente não tem participação acionária no Grupo Macri.
EFE

Sobre investigação, Macri disse que não tem “nada a esconder” e não que era obrigado a declarar participação em offshores
A empresa, Macri Group Panamá, foi registrada em território panamenho em maio de 2010 pelo escritório Mossack Fonseca e, quatro meses depois, mudou o nome para Metro Consulting PTY. No final do ano passado, iniciou o trâmite para seu fechamento, embora os documentos indiquem que a empresa ainda está ativa.
Segundo os documentos, a Metro Consulting PTY concedeu no início de 2011 poderes especiais a Andrea Robbiani, de nacionalidade suíça, para realizar a abertura de uma conta da empresa no Banco Sempione, na Suíça.

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Até o momento, nem Macri nem o governo argentino se manifestaram oficialmente sobre a nova empresa offshore.
A informações foram reveladas pelo jornalista do La Nación Hugo Alconada Mon, líder da equipe argentina que participou da investigação dos “Panama Papers”. Alconada Mon citou o caso do Macri Group Panamá em testemunho à Justiça nesta segunda-feira, no processo que investiga a possível “omissão maliciosa” da participação de Macri em empresas offshore.
O presidente é investigado pela participação nas empresas Fleg Trading, citada pelos “Panama Papers”, e Kagemusha, revelada pela investigação de um jornalista argentino. Será investigado ainda se as offshores desempenharam atividades ilegais. Macri afirma que não tem “nada a esconder” e que não era necessário declarar sua participação nas empresas por não ser acionista e não receber lucros por sua participação nas empresas.























