Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A coalizão União pela Pátria, que levou o candidato Leandro Santoro ao segundo turno para o cargo de chefe de Governo de Buenos Aires, anunciou nesta terça-feira (24/10) que o partido não vai participar do segundo turno contra o oponente Jorge Macri, primo do ex-presidente Mauricio Macri, para ajudar o peronista de centro-esquerda Sergio Massa, atual ministro da Economia da Argentina, nas eleições presidenciais.

De acordo com um comunicado, a decisão foi tomada devido a “uma leitura realista do resultado eleitoral” em que Macri, apoiado por Javier Milei – que também vai ao segundo turno presidencial em 19 de novembro -, obteve 46,6% votos para governar Buenos Aires. 

Segundo sua análise, Santoro ir ao pleito em 19 de novembro contra Macri poderia fortalecer a oposição.

Macri estava a “pouquíssimos votos de alcançar o número estabelecido pela Constituição para ser eleito”, considerou o partido, uma vez que faltava apenas 0,5% dos votos para que fosse eleito como chefe de Governo de Buenos Aires no primeiro turno. Santoro obteve 32,2%. 

Leandro Santoro, candidato a chefe de Governo de Buenos Aires pelo União pela Pátria, avalia que ir ao pleito em 19 de novembro contra oponente apoiado por Milei pode fortalecer a oposição

Twitter/Leandro Santoro

Leandro Santoro obteve 32,2% dos votos, enquanto Jorge Macri conquistou 49,6%

Segundo o documento, a situação “dá a indicação de que não seria sensato forçar um segundo turno” e a “estratégia correta” seria “concentrar os esforços na defesa da democracia, contra a ameaça do autoritarismo, contribuindo para Sergio Massa vencer na cidade de Buenos Aires e ser eleito presidente”. 

O comunicado também agradece os 600 mil votos que Santoro recebeu, como um incentivo “a continuar construindo uma alternativa ao Macrismo na cidade”. 

Com o comunicado do União pela Pátria, o oponente Macri posicionou-se nas redes sociais: “é um bom gesto de um líder que valorizo e respeito, que teve grande comprometimento durante a campanha e agiu com lealdade. Estou feliz com esta decisão que evita realizar novas eleições na cidade quando os resultados já expressaram a opinião majoritária do povo de Buenos Aires”.

(*) Com Ansa