Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A imagem do presidente da Bolívia, Luis Arce, encarando o general golpista, Juan José Zúñiga, na porta do Palácio Presidencial em La Paz torna-se a cena mais emblemática da noite desta quarta-feira (26/06), em meio a uma tentativa de golpe militar costurada pelo próprio comandante do Exército. 

De acordo com o jornal La Razón, o mandatário boliviano se posicionou em frente a Zúñiga para ordenar a desmobilização de suas forças. No entanto, o militar se recusou e saiu do local.

Veja o momento:

Campanha ‘Free Palestina’

O confronto ocorreu minutos depois que as tropas militares e tanques tomaram a Plaza Murillo, onde fica sediado o governo boliviano. As imagens veiculadas pela imprensa local registraram as forças do Exército tentando arrombar uma porta do Palácio Presidencial.

Twitter/Aníbal Garzón
O presidente da Bolívia, Luis Arce, frente a frente com o general Juan José Zuñiga, comandante do Exército, no palácio presidencial em La Paz

Num primeiro momento, Arce denunciou as “mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano”. Posteriormente, classificou a situação como uma tentativa de golpe de Estado e pediu que sua nação se mobilizasse à favor da democracia.

Já o ex-presidente Evo Morales declarou que “o golpe de Estado está se formando”, chegando a convocar uma manifestação nacional “para defender a democracia diante do golpe de Estado que está se formando”.

Tentativa de golpe

O ex-comandante do Exército boliviano Juan José Zúñiga liderou uma tentativa de golpe nesta quarta-feira (26/06) contra o governo de Luis Arce. Com tanques grupos militares armados, os golpistas cercaram a Praça Murillo em La Paz, local no qual está situado o Palácio Presidencial do país.

No dia anterior, Zúñiga foi afastado do cargo que ocupava desde 2022 após ameaçar Evo Morales por se opor a uma possível candidatura do ex-presidente para a disputa das eleições de 2025.

Zúñiga e os militares invadiram o prédio falando em ‘recuperar a Pátria’.

Após esse primeiro momento, Arce denunciou uma “mobilização irregular de algumas unidades do Exército Boliviano”, enquanto Morales afirmou que os militares estavam “se preparando um golpe de Estado”.

A tentativa foi frustrada após Arce encarar o ex-general e dar posse a novos comandantes militares, sendo eles: José Wilson Sánchez Velasquez, no Exército; Gerardo Zabala Alvarez, na Força Aérea, e Wilson Ramírez, na Marinha.

Durante seu pronunciamento logo após a posse, o novo comandante do Exército, Sánchez Velasquez, ordenou que as tropas mobilizadas nas ruas durante o golpe voltassem imediatamente aos quartéis, o que foi cumprido pelos soldados que, minutos antes, estavam obedecendo a Zúñiga.

Por usa vez, o presidente Arce agradeceu aos bolivianos que se mobilizaram para rechaçar o golpe.