Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo do México chamou as tarifas de 30% anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra seus produtos de “um acordo injusto”.

Através da sua rede social Truth, Trump publicou as cartas que enviou a suas homólogas no país latino-americano, Claudia Sheinbaum, e na União Europeia, Ursula von der Leyen, também taxada em 30%.

Segundo o republicano, no caso do México, apesar do país vizinho “o ajudar a proteger a fronteira com os Estados Unidos”, isso ainda “não é o suficiente”.

Em declaração conjunta dos Ministérios da Economia e Relações Exteriores, o governo Sheinbaum afirmou que uma delegação mexicana se reuniu com a gestão Trump para estabelecer um “grupo de trabalho bilateral permanente para abordar as principais questões do relacionamento” entre os países.

“Fomos informados de que, como parte da profunda mudança na política comercial dos EUA, todos os países receberiam uma carta assinada pelo presidente dos Estados Unidos estabelecendo novas tarifas a partir de 1º de agosto. Mencionamos na reunião que se tratava de um acordo injusto e que discordávamos”. diz a nota.

O governo mexicano afirmou que irá manter conversas entre os países para que, antes da data estipulada por Trump (1º de agosto), “tenhamos uma alternativa que proteja empresas e empregos em ambos os lados da fronteira”.

“É extremamente significativo termos estabelecido, desde 11 de julho, o caminho e o espaço necessários para resolver qualquer possibilidade de novas tarifas entrarem em vigor em 1º de agosto. Em outras palavras, o México já está em negociações”.

claudia sheinbaum

Governo de Claudia Sheinbaum quer negociar tarifas antes do prazo estipulado
Reprodução / @GobiernoMX

Preocupação na Europa

Por sua vez, governos da França, Alemanha e Holanda reforçaram que apoiam o posicionamento da União Europeia frente à taxação de 30% anunciada neste sábado pelos Estados Unidos a produtos do bloco, que seguirá na defesa dos interesses dos países do agrupamento a qualquer custo.

Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o bloco seguirá com as negociações com os norte-americanos a fim de se chegar a um acordo comercial antes de 1º de agosto.

No entanto, ela não descartou uma retaliação tarifária, se necessário.

(*) Com Ansa.